No acumulado de 12 meses encerrado em janeiro de 2013, o crédito na Caixa cresceu 43,07% (Tânia Rêgo/ABr)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2013 às 14h29.
São Paulo - Expandir a sua carteira de crédito será um desafio cada vez mais difícil para a Caixa Econômica Federal, uma vez que a liberação de recursos por parte do banco cresceu muito nos últimos anos.
A avaliação é do vice-presidente de Finanças da instituição, Márcio Percival. "A desaceleração do crescimento da nossa carteira de crédito daqui para frente é normal com o avanço dos bancos privados. Crescemos no momento certo. Quando os privados recuam, os públicos avançam. Isso é normal", ressaltou ele, em evento em São Paulo.
No acumulado de 12 meses encerrado em janeiro de 2013, o crédito na Caixa cresceu 43,07%. Já a participação do banco na liberação de recursos avançou de 5,9% antes da crise de 2008 para 16,2% em abril último. "Vamos chegar no final do ano em 18%", destacou ele.
A estratégia da Caixa foi desde 2007, de acordo com Percival, crescer e ocupar espaço na oferta de crédito levando em conta a infraestrutura que o banco detinha para avançar neste segmento. O objetivo é, segundo ele, ser o banco público mais importante até 2022.
O executivo explicou que a instituição está mudando seus modelos de risco tanto do lado operacional como na concessão de crédito para adequá-los à nova realidade da economia brasileira, de juros e spreads (diferença de quanto o banco paga para captar e o quanto cobra para emprestar).
Segundo ele, a Caixa é conservadora na sua política de liberação de recursos e vai continuar assim. "Nosso conservadorismo sempre gerou reclamação, mas a cultura da Caixa é conservadora e é bom que seja assim."
O banco já contratou duas consultorias para administrarem a revisão de processos no intuito de melhorar a governança e tornar mais ágil a tomada de decisão. "Ou o banco aumenta a sua eficiência operacional ou terá um problema sério", avaliou ele, ressaltando o cenário de juros e spreads baixos.
De acordo com Percival, melhorar a eficiência operacional hoje é uma lição de casa inerente aos bancos e a tecnologia da informação é o carro-chefe do processo de modernização do sistema. "Cada vez mais a agenda do setor bancário se cruza com a da tecnologia da informação", acrescentou.