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Caixa vai vender R$ 5,9 bi em crédito podre, dizem fontes

Esse tipo de acordo permite que os bancos excluam carteiras de crédito inadimplentes do balanço


	Caixa: esse tipo de acordo permite que os bancos excluam carteiras de crédito inadimplentes do balanço
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Caixa: esse tipo de acordo permite que os bancos excluam carteiras de crédito inadimplentes do balanço (.)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 15h00.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal está perto de concluir a venda de duas carteiras de crédito podres a investidores, disseram duas fontes a par do assunto.

Até 5,9 bilhões de reais de empréstimos em atraso para pessoas físicas e para pequenas empresas poderiam ser vendidos a fundos de investimento especializados em lidar com ativos problemáticos, disseram as fontes.

As vendas separadas poderiam ser concluídas nas duas primeiras semanas de julho, disse a primeira fonte, que pediu anonimato, porque as transações estão em andamento.

Esse tipo de acordo permite que os bancos excluam carteiras de crédito inadimplentes do balanço, abrindo espaço para financiar mais empréstimos e cumprir com exigências regulatórias de capital.

A Caixa procurou cinco fundos de dívida e alguns deles já apresentaram ofertas, disse uma das fontes, incluindo Paschoalotto Serviços Financeiros, Graça Participações, Grupo Recovery do Brasil e RCB Investimentos.

Segundo recentes dados do Banco Central, o índice de inadimplência atingiu em maio o maior nível em quase dois anos. O índice de inadimplência acima de 90 dias da Caixa bateu 2,86 por cento no primeiro trimestre, ante 2,63 por cento um ano antes, o pior resultado em seis anos.

A Caixa e os fundos não quiseram comentar.

Os investidores no segmento calculam que os bancos terão cerca de 23 bilhões de reais de empréstimos podres neste ano, ante 18 bilhões de reais em 2014. Um número crescente de falências de empresas poderiam acelerar o mercado de dívida vencida, disseram executivos do setor à Reuters.

A Caixa tem aprendido a excluir empréstimos inadimplentes do seu balanço, uma prática comum entre os bancos privados.

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