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Caixa suspende financiamentos à MRV em meio a investigação

A Caixa é signatária do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil

Construção da MRV Engenharia (Reprodução)

Construção da MRV Engenharia (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 18h32.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal suspendeu nesta quinta-feira a concessão de novos financiamentos à MRV Engenharia após filiais da construtora terem sido incluídas no cadastro do Ministério do Trabalho de empregadores que tenham submetido funcionários a condições análogas às de escravo na véspera.

A Caixa é signatária do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil.

Na quarta-feira, a construtora mineira teve dois projetos incluídos na lista do Ministério do Trabalho: Residencial Parque Borghesi, em Bauru, e Condomínio Residencial Beach Park, em Americana, ambos no interior de São Paulo.

"A MRV repudia veementemente qualquer prática que não respeite os direitos trabalhistas de colaboradores do seu quadro de empregados e dos quadros de seus fornecedores e parceiros", afirmou a empresa na véspera, em comunicado.

A MRV também informou estar tomando todas as medidas para remover seu nome do cadastro.

"Enquanto o problema que deu origem à inclusão não for resolvido, o infrator fica impedido de ter acesso a novos créditos", informou a Caixa em nota nesta quinta-feira. "No momento, não temos novas propostas em vias de ser contratadas com a MRV".

A MRV é uma das principais parceiras da Caixa e a maior repassadora de recursos do programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal.

As operações da companhia já contratadas junto à Caixa não serão suspendidas, segundo o banco, "uma vez que uma eventual paralisação de obras já iniciadas, além dos sérios prejuízos econômico-financeiros, resultaria, de pronto, em desemprego dos trabalhadores que estejam sendo utilizados nessas obras." As ações da MRV encerraram o pregão com perda de 5,78 por cento, a maior queda desde 20 de julho, quando o papel perdeu 6,35 por cento, e a maior desvalorização do Ibovespa, que recuou 1,37 por cento.

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