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Caixa quer ter pelo menos 10% da Cielo

A fatia do capital da Cielo equivale a cerca de 2,1 bilhões de reais, dez vezes menos que a quantia controlada pela Caixa atualmente

Além da participação na Cielo, a Caixa discute com Bradesco e BB a fatia que terá na empresa que fará a gestão da bandeira Elo de cartões (ARQUIVO)

Além da participação na Cielo, a Caixa discute com Bradesco e BB a fatia que terá na empresa que fará a gestão da bandeira Elo de cartões (ARQUIVO)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 20h31.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal está negociando a compra de participação na Cielo, com objetivo de ter pelo menos 10 por cento do capital da líder em meios de pagamento eletrônico no Brasil, segundo uma fonte familiarizada com o assunto.

"É mais ou menos a participação necessária para poder ter uma cadeira no Conselho de Administração", afirmou a fonte à Reuters, sob condição de anonimato.

Em valores atuais, um décimo do capital da Cielo equivale a cerca de 2,1 bilhões de reais.

Atualmente, a fatia da Caixa na Cielo é de pouco mais de 1 por cento. A compra de participação adicional seria feita por meio da Caixapar, o braço de participações da Caixa.

O controle da credenciadora de lojas para recebimento de cartões de débito e de crédito hoje é dividido entre Bradesco e Banco do Brasil, cada um com 28,65 por cento das ações da companhia.

Além da participação na Cielo, a Caixa discute com Bradesco e BB a fatia que terá na empresa que fará a gestão da bandeira Elo de cartões de crédito, débito e pré-pagos para clientes correntistas e não correntistas dos três bancos, lançada no mês passado.

De acordo com a fonte, desde os problemas envolvendo o Banco Panamericano, no qual foi encontrado um rombo de 4,3 bilhões de reais que levaram a instituição a ter o controle vendido para o BTG Pactual, a Caixa sustou todos os planos de novas compras de participação em empresas, com exceção apenas da Cielo e da bandeira Elo.

A Caixa comprou 49 por cento do capital votante e cerca de 20 por cento das ações preferenciais do Panamericano por 739 milhões de reais no final de 2009.

No mês passado, o Itaú Unibanco anunciou a compra de 49 por cento do Banco Carrefour, por 725 milhões de reais, batendo a Caixa, que chegou a ser apontada como favorita para arrematar o negócio.

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