Negócios

Caixa quer estar entre três grandes bancos até 2015

Para chegar ao objetivo, o banco terá de derrubar ao menos um gigante: Banco do Brasil, Itaú ou Bradesco


	Neste ano, a principal arma da Caixa para crescer foi a expansão de 44% no crédito (maior entre todos os bancos do País e suficiente para passar o Bradesco nesse indicador)
 (Lia Lubambo/EXAME.com)

Neste ano, a principal arma da Caixa para crescer foi a expansão de 44% no crédito (maior entre todos os bancos do País e suficiente para passar o Bradesco nesse indicador) (Lia Lubambo/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2012 às 11h12.

São Paulo - Um banco “social” que tem como principais atrativos o empréstimo imobiliário e a poupança. Esta é a imagem que a maioria dos consumidores ainda tem da Caixa Econômica Federal. No entanto, seus executivos trabalham com uma meta considerada ambiciosa até demais pelo mercado: ganhar uma posição no ranking e se tornar uma das três maiores instituições financeiras do País até 2015.

Para chegar ao objetivo, terá de derrubar ao menos um gigante: Banco do Brasil, Itaú ou Bradesco. Neste ano, a principal arma da Caixa para crescer foi a expansão de 44% no crédito (a maior entre todos os bancos do País e suficiente para passar o Bradesco nesse indicador).

Em um ambiente de alta na inadimplência e restrições a financiamentos, o banco - a mando do controlador, o governo federal - abriu as torneiras de dinheiro e baixou os juros de algumas linhas a menos da metade. E não economizou para deixar isso claro: a Caixa gastou o dobro dos concorrentes em mídia no primeiro semestre.

A estratégia, que é criticada por analistas por aumentar a exposição da Caixa ao risco, também não conseguirá sozinha carregar o banco para a meta estabelecida. O presidente da instituição, Jorge Hereda, admite que será necessário melhorar - e muito - o atendimento nas agências e nas modalidades eletrônicas para que o consumidor atraído pelo juro baixo queira um relacionamento mais abrangente com a Caixa."“Não basta trazer o cliente para a agência. Ele tem de querer ficar"”, diz o executivo.


Nos próximos meses, a Caixa espera tirar o atraso na tecnologia. O internet banking está sendo reformulado e deverá entrar no ar em 14 de dezembro. Onze mil caixas eletrônicos já foram substituídos, e a renovação deve seguir nos próximos anos. Para desafogar o atendimento, a rede de agências também crescerá: o banco vai inaugurar 550 agências em 2012 e prevê abrir outras 1.450 nos próximos três anos.

"Mesmo que todos esses investimentos se concretizem, a Caixa terá outras pedras em seu caminho - algumas delas típicas do setor público, como a exigência de licitações para a compra de equipamentos pelo preço. “Já apresentamos uma proposta para comprarmos também por eficiência"”, diz Hereda.

O executivo conta também que, para modernizar sua estrutura mais rapidamente, o banco teve de virar sócio de uma empresa de TI para o mercado financeiro.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasBancosAmérica LatinaDados de BrasilFinançasCaixa

Mais de Negócios

20 franquias baratas a partir de R$ 4.990 para abrir até o Natal

Os planos desta empresa para colocar um hotel de R$ 70 milhões do Hilton em Caraguatatuba

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife