Negócios

Caixa financiará dívida da Eletrobras com a RGR

Rrecursos deverão ser injetados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir obrigações do fundo que não serão quitadas ainda este ano


	Eletrobras: todo o valor disponibilizado pela Caixa será usado para quitar a dívida do grupo em uma só parcela, tão logo os recursos estejam disponíveis no próximo ano
 (Eduardo Knapp)

Eletrobras: todo o valor disponibilizado pela Caixa será usado para quitar a dívida do grupo em uma só parcela, tão logo os recursos estejam disponíveis no próximo ano (Eduardo Knapp)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 16h48.

Brasília - A linha de financiamento de até R$ 2,649 bilhões aberta pela Caixa Econômica Federal para o Grupo Eletrobras será suficiente para quitar a dívida da companhia com a Reserva Geral de Reversão (RGR). De acordo com informações da própria Eletrobras obtidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o saldo devedor atual é de R$ 2,65 bilhões.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, admitiu na manhã desta terça-feira, 03, que os recursos deverão ser injetados na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir obrigações do fundo que não serão quitadas ainda este ano. Segundo a Eletrobras, a linha será acessada somente em 2014, e Rufino confirmou que, mesmo entrando na conta apenas no próximo ano, os recursos poderão pagar contas pendentes da CDE referentes a 2013.

A Eletrobras informou ainda que todo o valor disponibilizado pela Caixa será usado para quitar a dívida do grupo em uma só parcela, tão logo os recursos estejam disponíveis no próximo ano. Pelo acordo, a Eletronuclear terá uma linha de até R$ 600.000.000,00, a Chesf de R$ 83.476.915,12, a Eletronorte de R$ 695.735.337,26, a Eletrosul de R$ 133.675.783,71, Furnas de R$ 125.243.881,95, Amazonas de R$ 578.270.595,77, Cepisa de R$ 397.829.453,69 e Eletroacre de R$ 35.763.736,68.

De acordo com a Eletrobras, não estão previstos novos empréstimos com a Caixa nos mesmos moldes dessa linha. As condições desse financiamento são: taxa de juros nominal de 6% ao ano, a ser paga semestralmente; carência de principal de três anos, amortização do principal em 120 meses, pela Tabela Price; e garantia da União.

Embora Rufino tenha alegado não saber se a operação terá efeito no superávit primário deste ano e da própria Eletrobras argumentar que os recursos só serão tomados em 2014, o uso desse montante para quitar débitos da CDE de 2013 ajudará as contas do Tesouro Nacional, que tem bancado o uso do fundo para garantir o desconto nas contas de luz.

Na semana passada, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, afirmou que não haverá mais emissão de títulos este ano para cobrir os custos com CDE. Segundo ele, a previsão de R$ 10 bilhões para este ano inclui todas as despesas com a CDE em função do acionamento das usinas térmicas. A Caixa Econômica Federal preferiu não comentar a operação.

Acompanhe tudo sobre:BancosCaixaEletrobrasEmpresasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasFinanciamento de grandes empresasHoldingsServiços

Mais de Negócios

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil

Fortuna de Elon Musk bate recorde após rali da Tesla

Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2024: conheça as vencedoras

Pinduoduo registra crescimento sólido em receita e lucro, mas ações caem