Caixa Econômica Federal: limites para a indicação política (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 13h05.
Última atualização em 19 de janeiro de 2018 às 15h35.
São Paulo - A Caixa Econômica Federal aprovou nesta sexta-feira um novo estatuto em linha com a Lei das Estatais, que dá ao conselho de administração poder de eleger e destituir vice-presidentes e define que um quarto do colegiado será de membros independentes.
As mudanças ocorrem poucos dias após o governo federal determinar o afastamento de quatro dos 12 vice-presidentes do banco por 15 dias, tempo que terão para se defenderem de denúncias do Ministério Público Federal (MPF).
Os vice-presidentes citados são Deusdina Pereira, de Fundos e Loterias; Roberto Derziê de Santana, de Governo; Antonio Carlos Ferreira, Corporativo; e José Henrique Marques da Crus, de Clientes, Negócios e Transformação Digital.
Antes do novo estatuto, os vice-presidentes do banco eram nomeados pelo presidente da República, por indicação do ministro da Fazenda, e o conselho não tinha membros independentes.
As novas regras ainda preveem a realização de assembleia geral para eleger e destituir membros dos conselhos de administração e fiscal, bem como o estabelecimento de prazo unificado de gestão para seus integrantes.
Conforme o banco, os comitês atuais serão mantidos, exceto o de Risco, extinto em função da criação do Comitê Independente de Riscos, e foram criados outros quatro vinculados ao conselho de administração: Otimização de Ativos, Partes Relacionadas/Correção e Elegibilidade; Indicação e Remuneração e Compras.
A Caixa também incorporou novas práticas de integridade e gestão de riscos e adicionou impedimentos mais rigorosos, além de critérios técnicos, para seleção de dirigentes.