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Caixa ainda pode precisar de capital do governo, diz Fitch

Para o executivo da Fitch, o programa de demissão incentivada anunciada pelo banco no início do ano e a desaceleração no crédito são medidas positivas

Caixa: "A Caixa está ainda numa situação mais delicada do que o Banco do Brasil" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Caixa: "A Caixa está ainda numa situação mais delicada do que o Banco do Brasil" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 9 de maio de 2017 às 16h44.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal tomou algumas medidas positivas nos últimos meses para aliviar a pressão sobre necessidades de capital, mas ainda pode precisar de socorro do governo federal para atingir padrões regulatórios mínimos quando Basiléia III entrar em vigor em 2019, disse nesta terça-feira o diretor de instituições financeiras da Fitch no país, Claudio Gallina.

Para o executivo, o programa de demissão incentivada anunciada pelo banco federal no início do ano e a desaceleração no crédito são medidas positivas, mas podem não ser suficientes para que o banco evite ter que receber um socorro do controlador ou ser beneficiado com decisões regulatórias de composição do capital.

Algumas iniciativas da Caixa para tentar levantar capital adicional ou reduzir custos têm sido frustradas.

As vendas de carteiras de crédito vencidas foram suspensas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O PDV teve adesão de cerca de 5 mil funcionários, metade do que a Caixa esperava.

A oferta inicial de ações de sua subsidiária Caixa Seguridade, por meio da qual venderia uma participação, também foi engavetada.

"A Caixa está ainda numa situação mais delicada do que o Banco do Brasil", disse ele à Reuters durante evento da Fitch.

O BB decidiu fechar ou reduzir as operações de cerca de 800 agências no fim de 2016 e seu PDV teve adesão de quase 10 mil empregados, dentro de um plano agressivo de contenção de custos e para elevar os níveis de rentabilidade.

Em entrevista recente à Reuters, o presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli, reiterou que o banco não trabalha com a hipótese de precisar de uma capitalização do governo federal.

"De fato, consideramos que o BB não mais precisará de capital adicional no curto prazo", disse Gallina.

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