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Cadillac elétrico e autônomos: novos passos da GM rumo ao carro do futuro

A montadora acaba de anunciar investimentos de mais de US$ 2 bilhões nos Estados Unidos em uma ofensiva para liderar o novo mercado automotivo

Cadillac: GM aposta em ícones para eletrificar seu portfólio (GM/Divulgação)

Cadillac: GM aposta em ícones para eletrificar seu portfólio (GM/Divulgação)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 18h06.

A General Motors acaba de dar mais um passo na sua estratégia para liderar a corrida pelo carro do futuro. Considerada uma das mais tradicionais montadoras do mundo, a companhia com sede em Detroit anunciou nesta terça-feira, 20, mais de 2 bilhões de dólares em investimentos para a produção de modelos elétricos, com destaque para o Cadillac elétrico, além do seu primeiro veículo autônomo.

Os investimentos no carro do futuro vêm crescendo na indústria automotiva global, mas agora a GM parece ter estruturado -- e tirado do papel -- uma grande ofensiva para liderar essa corrida.

O plano inclui um investimento de 2 bilhões de dólares para modernização do complexo fabril do Tennessee, nos Estados Unidos, que irá fabricar o Cadillac LYRIQ, o primeiro 100% elétrico da linha.

Mais de 4 milhões de dólares também serão aplicados no Cruise AV, projeto de carro autônomo da GM que está sendo desenvolvido pela companhia.

A empresa também vai produzir a Hummer, um ícone da década de 1990, na versão de uma picape 100% elétrica.

 

Ainda nesta semana, a montadora anunciou a transformação de sua fábrica em Detroit numa planta "zero emissões", batizada "Zero Factory". Adicionalmente, cerca de 800 milhões de dólares estão sendo investidos em ferramentas de fornecedores para o lançamento de caminhões elétricos.

"O que o consumidor desejar, a GM poderá construir e produzir", afirmou Gerald Johnson, vice-presidente executivo global de manufatura da GM, em apresentação à imprensa. 

    Com os investimentos anunciados hoje, a montadora passa a ter três complexos fabris aptos a produzir veículos elétricos: Spring Hill, no Tennessee, Zero Factory, em Detroit, e Orion, em Michigan.

    No mês passado, a montadora anunciou também a compra de uma fatia de 11% na novata Nikola Motor, de veículos elétricos e movidos a hidrogênio, além de uma parceria para o desenvolvimento de baterias.

    Com essa ofensiva, a GM pretende sair na frente na corrida que ainda tem poucos nomes como protagonistas, como a Tesla, comandada por Elon Musk. As grandes montadoras tradicionais, como Ford e Volkswagen, estão estruturando planos para também brigar pela dianteira no mercado automotivo do futuro.

    E no Brasil?

    Por enquanto, a GM tem apenas a oferta do elétrico Bolt no mercado brasileiro. Em entrevista à revista EXAME em dezembro, Carlos Zarlenga, presidente da GM na América do Sul, afirmou que há um "grande potencial" para o modelo no Brasil. 

    "Trata-se de um grande carro, não só por ser elétrico", disse o executivo.

    Ele também comentou que os veículos autônomos vão chegar "muito antes" do que o projetado. No entanto, este ainda é um dos maiores desafios da indústria ao redor do mundo, tanto em termos técnicos quanto de regulação nos países.

    Por aqui, a montadora ainda tem enfrentado forte concorrência em meio à pandemia, após mais de quatro anos de liderança absoluta. O último grande lançamento da Chevrolet no Brasil foi de versões especiais de campeões da marca: uma das estratégias para tentar frear o avanço da concorrência em um mercado menor e mais disputado.

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