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Cadeia de lojas Game pode estar próxima do "game over"

Empresa em crise está à venda e controla 1.270 lojas nos mercados europeus e na Austrália, com 10 mil funcionários

Ao longo das duas últimas semanas, a deficitária Game teve de instruir seus clientes a procurar novos lançamentos em outras lojas (Koichi Kamoshida/Getty Images)

Ao longo das duas últimas semanas, a deficitária Game teve de instruir seus clientes a procurar novos lançamentos em outras lojas (Koichi Kamoshida/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2012 às 13h24.

Londres - A Game, cadeia britânica de varejo de videogames que enfrenta uma crise, se colocou à venda. Os distribuidores de videogames suspenderam a entrega de novos títulos às suas lojas, e a empresa alertou aos seus acionistas que suas ações podem ter valor zero.

As ações da Game, que controla 1.270 lojas nos mercados europeus e na Austrália, com 10 mil funcionários, caíram em 71 por cento na segunda-feira depois que a companhia informou os investidores de que "não está certo que quaisquer das soluções em estudo pelo conselho possam ter sucesso ou venham a resultar em que as ações da empresa recuperem qualquer valor".

Ao longo das duas últimas semanas, a deficitária Game teve de instruir seus clientes a procurar novos lançamentos em outras lojas. A companhia não conseguiu chegar a um acordo com os fornecedores, e por isso não está vendendo novos títulos como Mass Effect 3, da Electronic Arts, e Asura's Wrath e Street Fighter X Tekken, da Capcom.

A empresa informou que continua a negociar com fornecedores e credores, com relação a termos de crédito que poderiam permitir que se mantivesse em operação com ajuda de uma linha de crédito acertada no mês passado junto aos credores liderados pelo Royal Bank of Scotland, banco com participação estatal britânica.

A Game também está em busca de fontes alternativas de capital e vai revisar a posição de todos os seus ativos no Reino Unido e em territórios internacionais.

A empresa, que enfrenta forte concorrência do varejo online e dos supermercados, que muitas vezes vendem jogos novos a preço baixo com o objetivo de atrair clientes, tem prazo limitado para resolver sua crise, porque dentro de duas semanas precisa pagar seu contrato trimestral de locação. Caso não o faça, a companhia pode ser forçada a uma concordata.

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