Localiza: aumento do patrimônio devido à fusão com Unidas ampliar montante do juros sobre capital (Pedro Vilela / Agencia i7/Divulgação)
Reuters
Publicado em 20 de maio de 2021 às 17h42.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu aprofundar a análise do proposta de compra da Unidas pela Localiza, por considerar que a fusão pode envolver uma concentração excessiva nos mercados de locação de veículos e gestão de frotas.
Em despacho, a superintendência-geral do órgão antitruste elencou uma série de preocupações como desdobramento do negócio envolvendo a união da líder com a vice-líder nesses mercados.
Entre eles, a baixa probabilidade de entrada de novos competidores e a redução da concorrência. O órgão citou em particular o fato de que, em alguns aeroportos, "a empresa resultante da operação seria a única opção dos consumidores".
A superintendência do Cade apontou ainda que a operação reduzirá o número de empresas com atuação nacional de três para duas, com o grupo resultante da fusão detendo "no mínimo, 60% a 70% de participação de mercado.
Com isso, a instituição classificou a operação como "complexa" e sugeriu aprofundar a análise do caso.
Anunciada em setembro passado, a proposta de fusão criaria um grupo combinado com valor de mercado de cerca de 50 bilhões de reais em valores da época e uma frota de 470 mil carros.
As rivais Fleetzil, ALD Automotive, Movida; e Ouro Verde pediram para o Cade intervir no caso.
As ações das companhias que planejam a fusão subiam forte na bolsa paulista nesta quinta-feira, com a da Localiza avançando 4,2%, enquanto a da Unidas ganhava 5,2%.
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