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Cade suspende restrição na compra da Cosan pela Shell

Suspensão é válida até o órgão analisar todos os embargos referentes ao caso

Posto da Shell: negócio com a Cosan foi fechado em 2009 (Ricardo Fasanello/VEJA Rio)

Posto da Shell: negócio com a Cosan foi fechado em 2009 (Ricardo Fasanello/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 15h30.

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspendeu, até análise de todos os embargos, as restrições que impôs à aprovação de compra de parte da Cosan pela Shell. O negócio, fechado em 2009, trata da aquisição de ativos de produção de combustível de aviação por R$ 150 milhões feita pela multinacional petrolífera.

No Cade, a operação foi avaliada em fevereiro e aprovada com restrição: a Shell teria que vender os ativos referentes à distribuição do produto nos aeroportos. Segundo o presidente do conselho, Fernando Furlan, a Shell solicitou mais prazo ao Cade, alegando dificuldades para cumprir a restrição. "A decisão está suspensa até análise de todos os aspectos", frisou Furlan.

Ainda na reunião de hoje, o Cade estabeleceu prazo de 45 dias para que a Polimix - prestadora de serviços de concretagem brasileira - apresente um plano de negócios para venda da participação da companhia na Cimento Tupi. A decisão foi tomada devido a questionamentos feitos pelas empresas ao Cade.

Em outubro do ano passado, o Cade vetou a compra da Cimento Tupi pela Polimix, que ocorreu no início de 2008, e determinou que os ativos fossem devolvidos à Tupi. Segundo Furlan, o Cade recebeu questionamentos das duas empresas sobre a decisão e determinou a venda dos ativos a terceiros. Furlan afirmou que a Tupi não tem interesse em receber essa participação de volta. "Neste caso, reformulamos nossa decisão porque os ativos devem ser direcionados para terceiros", explicou Furlan.

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