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Cade quer investigar cartel no mercado de informática

O Cade informa que a investigação teve início a partir de documentos remetidos ao órgão em junho de 2014, referentes à 'Operação Licitação Mapeada'


	A Superintendência apurou indícios de que a política nacional de vendas da Positivo Informática poderia gerar efeitos anticompetitivos
 (Cesar Ferrari/Reuters)

A Superintendência apurou indícios de que a política nacional de vendas da Positivo Informática poderia gerar efeitos anticompetitivos (Cesar Ferrari/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2015 às 14h56.

Brasília - A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou processo administrativo para apurar supostas condutas anticompetitivas em licitações para aquisição de equipamentos e materiais de informática, conforme indica despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Entre os equipamentos estão desktops, notebooks, tablets, lousas interativas e projetores.

Estão sendo investigadas as empresas Positivo Informática, Caleb G. Kieling & Cia, Enge Áudio Comércio e Sonorização, I 9 Soluções em Tecnologia e Informática, Líder Suprimentos para Informática, MS Equipamentos e Assistência Técnica, Multicomp Informática, Proxyline Informática, S&V Equipamentos para Escritório, Somaq Assistência e Equipamentos, além de 18 pessoas físicas.

Em nota, o Cade informa que a investigação teve início a partir de documentos remetidos ao órgão em junho de 2014, referentes à 'Operação Licitação Mapeada', conduzida pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina.

A Superintendência apurou indícios de que a política nacional de vendas da Positivo Informática poderia gerar efeitos anticompetitivos especialmente em licitações para aquisição de equipamentos e materiais de informática.

"A ação incluiria uma divisão geográfica de mercado associada a um mapeamento e reserva de oportunidades, por meio da qual a Positivo concederia uma autorização para determinado revendedor participar de uma licitação e impediria que aqueles não autorizados estivessem em concorrências reservadas para outros revendedores", cita o documento.

Os que não cumprissem esse tipo de acordo tinham recusado o fornecimento de produtos, entre outras punições. Como a Positivo participava diretamente de licitações - concorrendo, portanto, com seus revendedores -, há indícios de que essa política criava dificuldades a concorrentes ou conluios entre eles.

Os acusados serão notificados para apresentar defesa e, ao final da instrução processual, a Superintendência opinará por condenação ou arquivamento do processo e remeterá o caso para julgamento do Tribunal Administrativo do Cade, responsável pela decisão final.

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