Preservativos: venda causaria concentração no mercado de lubrificantes íntimos, segundo o Cade (Keith Brofsky/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2016 às 10h11.
Brasília - A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou "impugnação" da operação de venda do negócio de preservativos da Hypermarcas para a Reckitt Benckiser (RB), o que significa que o negócio deverá ser julgado em definitivo pelos conselheiros do Cade.
A recomendação, antecipada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, no sábado, 30, está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, dia 1º.
A transação, envolvendo a Nances Holdings, subsidiária da Hypermarcas, e a RB, foi anunciada em janeiro deste ano e está avaliada em R$ 675 milhões.
Para sustentar o parecer de que o negócio não pode ser formalizado da maneira como foi proposto pelas empresas, a área técnica do Cade alega problemas de concentração no mercado de lubrificantes íntimos, além de uma forte relação entre as marcas deste segmento com os produtos vendidos no mercado de preservativos masculinos.
Já em relação a esse segmento de preservativos masculinos, especificamente, o Cade acredita que haja "rivalidade suficiente para impedir exercício de poder de mercado".
O Grupo RB detém as marcas de lubrificantes íntimos KY e Durex. Já a Hypermarcas atua no mesmo segmento com as marcas Olla e Jontex.