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Cade propõe impugnação em compra da Videolar

A operação será julgada pelo colegiado de conselheiros, que poderá acatar ou não a sugestão da superintendência


	Indústria petroquímica: tanto a compradora quanto a empresa alvo da operação atuam no setor petroquímico
 (Oliver Bunic/Bloomberg)

Indústria petroquímica: tanto a compradora quanto a empresa alvo da operação atuam no setor petroquímico (Oliver Bunic/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 10h18.

Brasília - A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concluiu a análise do ato de concentração pelo qual a Videolar e seu acionista majoritário, Lírio Parisotto, adquirem 100% do capital social da Innova, petroquímica controlada pela Petrobras, e decidiu recomendar "impugnação" do caso ao Tribunal do órgão.

Agora, a operação será julgada pelo colegiado de conselheiros, que poderá acatar ou não a sugestão da superintendência. A decisão está publicada em despacho no Diário Oficial da União (DOU).

No mês passado, a superintendência havia declarado "complexo" o ato e, por isso, fez novas diligências para avaliar melhor a operação, mais precisamente para "aprofundamento da análise das condições de rivalidade no mercado de poliestireno no Brasil".

O negócio foi anunciado em agosto do ano passado e estimado em R$ 870 milhões. Pelo acordo, os compradores da Innova também assumem dívidas da empresa de aproximadamente R$ 23 milhões.

A Petrobras receberia um pagamento caução de R$ 174 milhões (20%) na assinatura da venda, e o restante na concretização da operação, depois de todas as aprovações de órgãos responsáveis. O saldo será corrigido pelo IGP-M.

Tanto a compradora quanto a empresa alvo da operação atuam no setor petroquímico. A Innova produz etilbenzeno, monômero de estireno e poliestireno. A Videolar é produtora de poliestireno.

Segundo documento apresentado pelas empresas ao Cade, "a transação possibilitará à Videolar acesso ao monômero de estireno, insumo atualmente importado pela companhia em sua totalidade; quanto à Innova, sua alienação se insere na política de desinvestimento constante do Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobras".

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