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Cade investiga Bradesco sobre práticas anticompetitivas contra GuiaBolso

O banco estaria prejudicando as atividades econômicas exercidas pela fintech

Agência do Bradesco (Marcela Beltrão/Exame)

Agência do Bradesco (Marcela Beltrão/Exame)

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Reuters

Publicado em 30 de abril de 2019 às 18h59.

Última atualização em 2 de maio de 2019 às 12h57.

São Paulo - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou nesta terça-feira que abriu processo administrativo contra o Bradesco para apurar suposta prática anticompetitiva em relação ao aplicativo de finanças pessoais GuiaBolso.

"De acordo com o parecer, o banco estaria prejudicando as atividades econômicas exercidas pela fintech ao instituir um segundo fator de autenticação para que seus clientes acessem suas contas correntes na plataforma", afirmou o Cade em nota.

A investigação começou em julho passado, após uma secretaria, hoje no Ministério da Economia, ter apontado que o GuiaBolso depende das informações controladas pelo Bradesco para oferecer a seus usuários o serviço de auxílio de gestão financeira.

Segundo o órgão regulador, sua superintendência apurou que os usuários do GuiaBolso, que são clientes de outras instituições financeiras, autorizam o acesso a suas informações bancárias inserindo as respectivas senhas no aplicativo. Já os clientes do Bradesco não conseguem inserir diretamente seus dados na plataforma porque o banco instituiu uma senha randômica adicional para o acesso a suas contas correntes.

"Para a superintendência, há evidências de infração à ordem econômica, tendo em vista que a prática do Bradesco restringiria a oferta de serviços por fintechs que dependam de dados bancários de seus usuários, em prejuízo à livre iniciativa e à livre concorrência", diz trecho do comunicado.

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