Negócios

Cade deve julgar em 4/12 sanções a Telefônica e TIM

Segundo fonte, Conselho deverá julgar as companhias por violação de acordo fechado com o regulador em 2010


	Loja da TIM: procuradoria pede aplicação de multa de 1 milhão de reais contra a companhia
 (Alessandra Benedetti/Bloomberg)

Loja da TIM: procuradoria pede aplicação de multa de 1 milhão de reais contra a companhia (Alessandra Benedetti/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 14h59.

Rio de Janeiro/Brasília - O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) julgará em 4 de dezembro um parecer da procuradoria do órgão que pede sanções à Telefônica Brasil e à TIM Participações por violação de acordo fechado com o regulador em 2010, disse à Reuters uma fonte a par do assunto.

A procuradoria pediu nesta semana aplicação de multa de 15 milhões de reais à Telefônica por considerar que o aumento de participação de sua controladora Telefónica na Telco, holding que controla a Telecom Italia, dona da TIM no Brasil, infringiu acordo feito com o regulador em 2010, elo qual a subsidiária da espanhola no Brasil não poderia interferir na gestão da TIM.

Contra a TIM, a procuradoria pede aplicação de multa de 1 milhão de reais porque a empresa contratou serviços de uma consultoria que pertenceu à Telefônica.

A procuradoria também pede a proibição de todas as futuras compras de ações da Telco planejadas pela Telefónica no acordo anunciado em setembro, ameaçando intervenções mais severas.

Medidas regulatórias mais restritas podem prejudicar a estratégia da Telefónica, forçando uma venda às pressas das operações da TIM no Brasil ou atrasando seus planos na Itália, onde também enfrenta forte escrutínio.

A Telefónica argumenta que por enquanto só aumentou sua fatia de ações sem direito a voto na Telco, e que isso não afetou o controle da Telecom Italia ou violou o acordo com os reguladores brasileiros.

Procurada no Brasil, a Telefônica afirmou em comunicado que "está convicta de que cumpre o TCD (Termo de Compromisso de Desempenho)" acertado com o Cade. A TIM não comentou o assunto de imediato.

"A operação anunciada pela Telefónica, mesmo em seu estágio inicial, já infringe o acordo", escreveu a procuradora Daniela Silva Borges no parecer. "Aumenta a dependência econômica entre os dois grupos, mesmo indiretamente, enquanto o mandato é pela independência." A procuradora afirma que a intenção de adquirir a maior parte das ações com direito a voto na Telco em janeiro de 2014 representa uma das mais graves infrações ao acordo fechado pela Telefónica com o Cade em 2010 para garantir a competição no mercado brasileiro.

Paralelamente, a Telecom Italia avalia vender sua fatia de 67 por cento na TIM para aliviar restrições regulatórias no Brasil e pagar suas dívidas, afirmou à Reuters no mês passado uma fonte próxima ao tema.

O presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, disse recentemente que a TIM é um ativo essencial para a empresa, mas que poderá ser vendida caso se chegue a um preço adequado.

A Telecom Italia fechou no mês passado acordo para vender sua fatia de controle na Telecom Argentina por 960 milhões de dólares, melhorando a situação de seu balanço e reduzindo a urgência de vender a TIM.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasServiços3GTelecomunicaçõesOperadoras de celularTelefônicaEmpresas italianasTIMCade

Mais de Negócios

Get in the Ring 2025: inscrições abertas para o duelo de startups no ringue

Aço Gerdau está presente na maior rampa de skate do mundo, em Porto Alegre

Quatro empreendedores que provam que um negócio de sucesso pode nascer do fracasso

Tufão Ragasa leva seguradoras chinesas a reforçar prevenção de riscos com tecnologia