Torre de energia: grupo, que em 2012 faturou 7,2 bilhões de dólares, possui também uma geradora, a Tangará Energia, com capacidade instalada de 120 megawatts (Adriano Machado/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2013 às 14h15.
São Paulo - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a venda do Grupo Rede para a Energisa, segundo ato de concentração publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira.
Em setembro, o plano de recuperação judicial do Grupo Rede Energia foi aprovado pela justiça, abrindo caminho para a Energisa assumir o controle da companhia e a recuperação das oito distribuidoras sob intervenção do governo.
No plano de recuperação judicial das holdings do Grupo Rede, a Energisa propôs assumir o controle do grupo e as dívidas com credores, além de um investimento inicial de 1,1 bilhão de reais para sanear as distribuidoras.
A Energisa informou que em 1º de outubro entregou um plano de recuperação detalhado para o Grupo Rede, cumprindo o prazo previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica. "O documento trouxe um amplo e detalhado diagnóstico sobre as empresas que integram o Rede e apresenta soluções robustas e sustentáveis para o negócio", informou a empresa, em nota.
"Estamos atuando com o máximo de agilidade para que possamos iniciar o processo de integração destas empresas à Energisa e equacionarmos os problemas o mais rápido possível", disse o presidente da Energisa, Ricardo Botelho, em nota.
O Grupo Rede tem oito distribuidoras --Caiuá (SP), Celtins (TO), Cia de Força e Luz do Oeste (PR), Companhia Nacional de Energia Elétrica (SP), Empresa de Distribuição de Energia do Vale Paranapanema (SP), Empresa Elétrica Bragantina(SP), Cemat (MT) e Enersul (MS), num total de 3,3 milhões de consumidores.
O grupo, que em 2012 faturou 7,2 bilhões de dólares, possui também uma geradora, a Tangará Energia, com capacidade instalada de 120 megawatts.