Cosan: a Mansilla já era acionista da companhia (Andrew Harrer/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de outubro de 2016 às 10h03.
Última atualização em 6 de julho de 2018 às 11h44.
Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições operação firmada entre Mansilla Participações e Grupo Cosan, envolvendo a empresa que administra os negócios de terras da Cosan, a Radar. A decisão do Cade está publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Pelo negócio, o Grupo Cosan venderá uma fatia da Radar por R$ 1,06 bilhão à Mansilla, veículo de investimentos do fundo de pensão dos professores americanos (Tiaa, na sigla em inglês). A Mansilla já era acionista da companhia.
O parecer do Cade sobre o negócio diz que "a operação consiste em uma aquisição acionária seguida por uma reestruturação societária de Radar I e Radar II, atualmente detidas pela Mansilla e Cosan". Também afirma que, segundo as requerentes, a operação não alterará a estrutura de governança corporativa das duas empresas. "Antes da operação, a Cosan controlava a Radar I e a Radar II. Após a operação, a Cosan deterá a maioria das ações ordinárias de ambas as empresas alvo, permanecendo como controladora da Radar I e Radar II, ainda que a participação financeira da Mansilla se eleve a 97% em consequência da operação", cita o documento.
Segundo informações do site da Cosan, a Radar tem hoje mais de 550 propriedades espalhadas nos Estados de São Paulo, Goiás, Piauí, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Tocantins e Bahia. Sediada em São Paulo, tem escritórios regionais em Piracicaba (SP), Jaú (SP), Diamantino (MT) e Balsas (MA).
O portfólio total de propriedades da Radar, que inclui terras próprias e de terceiros administradas pela companhia, tem um valor de R$ 5,2 bilhões. O portfólio de terras próprias da Radar está avaliado em cerca de R$ 2,7 bilhões.
Além da Radar, o Grupo Cosan, de Rubens Ometto, tem ativos no setor de açúcar e álcool, e é sócio da Raízen e da Rumo-ALL.