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Cade aprova compra da cachaça Sagatiba pela Campari

Compra foi feita no mês de agosto, por US$ 26 milhões

Além desse valor, a Campari pagará pelos próximos oito anos o correspondente a 7,5% das vendas anuais da cachaça (Omar Paixão/Info EXAME)

Além desse valor, a Campari pagará pelos próximos oito anos o correspondente a 7,5% das vendas anuais da cachaça (Omar Paixão/Info EXAME)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2011 às 14h51.

Brasília - A marca de cachaça brasileira Sagatiba é agora oficialmente italiana. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou hoje a compra feita pela Campari-Milano, em agosto, por US$ 26 milhões. Além desse valor, a Campari pagará pelos próximos oito anos o correspondente a 7,5% das vendas anuais da cachaça.

De acordo com o relatório da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, a Campari já produz e comercializa outras marcas no Brasil, como Dreher, Cynar, Drury's, Old Eight e Skyy Vodka, além da própria Campari. Também é a responsável pela importação dos licores Frangélico, Carolans e Illyquore.

A Seae identificou algumas sobreposições no mercado de destilados, já que a Sagatiba atua nos segmentos de cachaça destilada, cachaça velha e cachaça especial. Como a Campari já era responsável pela distribuição da Sagatiba no Brasil e América do Sul desde o ano passado, a relação vertical entre as requerentes já existia antes da operação. Atualmente, essa cachaça é vendida em 40 países do mundo.

A Secretaria explicou, porém, que, como a concentração de mercado está entre 0,01% e 10%, não houve necessidade de prosseguir a análise. Os órgãos de defesa da concorrência se debruçam sobre casos cujos porcentuais de concentração são superiores a 20%. No primeiro semestre do ano passado, o lucro líquido da Campari foi de 75,3 milhões de euros, 8,7% maior do que o do mesmo período do ano anterior.

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