Negócios

Cade investiga taxistas que tentam barrar Uber

O Cade menciona evidências de que alguns taxistas teriam agredido e ameaçado motoristas e até mesmo passageiros do serviço prestado pelo Über


	Uber: o Cade menciona evidências de que alguns taxistas teriam agredido e ameaçado motoristas e até mesmo passageiros do Uber
 (Robert Galbraith/Reuters)

Uber: o Cade menciona evidências de que alguns taxistas teriam agredido e ameaçado motoristas e até mesmo passageiros do Uber (Robert Galbraith/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2015 às 09h22.

Brasília - A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu processo para investigar a conduta anticompetitiva de associações de taxistas que tentam barrar a entrada do aplicativo Uber no mercado de transporte individual remunerado.

A decisão, antecipada ontem pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, está formalizada em despacho no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 20.

A investigação do caso foi motivada por denúncia feita pelo Uber do Brasil Tecnologia, em parceria com o Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães. Entre os representadas no processo, há associações do Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais e algumas pessoas físicas.

Em nota técnica sobre o assunto, o órgão antitruste menciona evidências de que alguns taxistas teriam agredido e ameaçado motoristas e até mesmo passageiros do serviço prestado pelo Über.

Para o Cade, esses incidentes podem obstruir a entrada e o desenvolvimento da empresa no mercado, além de limitar a escolha dos usuários, que deixam de usar o Uber com medo da violência.

"Após a análise da possibilidade e necessidade de responsabilização concorrencial pelas condutas de violência e grave ameaça por parte de taxistas contra a concorrente entrante Uber, a Superintendência-Geral entende haver indícios suficientes de infração da ordem econômica para a instauração de processo administrativo", cita a nota.

Os acusados têm 30 dias para apresentar defesa ao Cade. Ao final da instrução processual, a Superintendência opinará pela condenação dos representados ou arquivamento do processo e remeterá o caso para julgamento do Tribunal Administrativo do Cade, responsável pela decisão final.

Acompanhe tudo sobre:Cademobilidade-urbanaTáxisTransportesUber

Mais de Negócios

Acordar às 5h é coisa do passado. Para o CEO do Airbnb, 'rotina noturna' é a fórmula do sucesso

Guerra do império do frango frito: duas marcas disputam o mesmo nome — até o presidente se envolveu

Pakalolo, Fido Dido, Fiorucci: como estão as marcas de roupas que bombavam nos anos 1990

De olho no Nordeste, Grupo Piracanjuba compra Natulact e chega a oito fábricas