O caça Gripen NG, da sueca Saab: patrulha das fronteiras (Sgt. Bianca/FAB/Divulgação)
Denyse Godoy
Publicado em 23 de outubro de 2020 às 06h00.
Última atualização em 23 de outubro de 2020 às 18h33.
Durante a comemoração do Dia do Aviador nesta sexta-feira, 23, em Brasília, a Força Aérea Brasileira vai apresentar o primeiro dos 36 caças F-39 Gripen comprados em 2014 da fabricante sueca Saab que chegou ao país. O presidente Jair Bolsonaro deve participar da exibição. A pandemia do novo coronavírus foi um duro golpe para as empresas aéreas brasileiras. Quer saber se já é hora de investir nessas companhias? Leia na EXAME Research.
Esse primeiro caça que chegou é uma versão de teste. A aeronave veio da Suécia em um navio que atracou no porto de Navegantes, em Santa Catarina, em 20 de setembro. Do aeroporto da cidade, voou para a fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo.
Veja o primeiro vôo do Gripen de Navegantes a Gavião Peixoto:
O caça F-39E Gripen da FAB acaba de decolar de Navegantes/SC com destino a Gavião Peixoto/SP, em seu primeiro voo no espaço aéreo brasileiro. 🇧🇷@DefesaGovBr @saabdobrasil #FAB #Dimensão22 #Defender #Gripen #AsasqueProtegem pic.twitter.com/eRNjLRbJMA
— Força Aérea Brasileira 🇧🇷 (@fab_oficial) September 24, 2020
O Gripen Flight Test Center (Centro de Teste de Vôo do Gripen), onde o caça ficará estacionado, é a sede do projeto no Brasil. Técnicos brasileiros e suecos já vêm trabalhado na transferência de tecnologia que faz parte do contrato de 4,5 bilhões de dólares. Cerca de 230 brasileiros já viajaram à Suécia para fazer treinamentos teóricos e práticos. “O Programa Gripen será uma grande oportunidade para aumentar nosso conhecimento no desenvolvimento e manufatura de uma aeronave avançada de combate", disse Jackson Schneider, presidente da unidade de defesa e segurança da Embraer, durante uma cerimônia antes da primeira decolagem.
A Embraer é responsável pelo desenvolvimento dos sistemas e pela montagem final dos caças no Brasil, que começa em 2021. Os aviões passam a ser a "espinha dorsal" do programa de defesa aérea brasileiro, usados, por exemplo, no monitoramento do espaço aéreo e das fronteiras do país, segundo o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.