Negócios

Hit em bairros nobres de SP, Cabana Burger aposta em franquias, mas quer evitar praça de alimentação

Cozinha central do Cabana foi concluída neste ano e tem capacidade de atender 100 unidades -- hoje, rede conta com 24

Cabana Burger: hamburgueria  (divulgação/Divulgação)

Cabana Burger: hamburgueria (divulgação/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 26 de setembro de 2023 às 07h40.

Última atualização em 26 de setembro de 2023 às 10h43.

A rede de hambúrgueres Cabana Burger anuncia nesta terça-feira, 26, sua estreia no mercado de franquias brasileiro. Fundado em 2016 por seis sócios em São Paulo, o negócio já conta com 24 unidades. O modelo de franquia com 120 metros quadrados, com salão e sem serviço de garçom vai ter investimento inicial de R$1.5 milhão.

"Nós estamos muito seguros dos processos do Cabana para unidades próprias. Com a conclusão da cozinha central e do nosso sistema próprio de gestão, nos sentimos prontos para franquear o negócio", diz Paulo Assarito, CEO do Cabana.

A cozinha central localizada em Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo, tem capacidade de atender 100 unidades em todo o Brasil. Atualmente, as 24 unidades já são abastecidas por sua produção.

O modelo de franquia pode ser alocado em loja de rua e shopping. No momento não há modelo para praças de alimentação.

A expectativa de faturamento anual é de R$ 5 milhões, com  7% de royalties e 1% de fundo de propaganda. O prazo de retorno é estimado em 36 meses. A formatação do modelo foi feita pela consultoria do Grupo Bittencourt.

"Nós não queremos crescer de forma rápida e de olho na taxa de franquia. Nossa ideia é conseguir selecionar os franqueados que queiram construir algo em conjunto", diz o CEO.

A expectativa é ter 300 unidades nos próximos três anos. A rede já mapeou pontos de venda em todos os estados, mas espera crescer principalmente em:

  • São Paulo
  • Rio de Janeiro
  • Minas Gerais

"Nesse primeiro momento queremos pilotar algumas regiões para podemos estar mais próximos e garantir o sucesso dos primeiros franqueados".

Como o Cabana foi criado

Seis amigos que trabalham no mercado financeiro e com incorporadoras imobiliárias decidiram empreender no mercado de hamburguerias em 2016. A ideia era ser um intermediário entre o fast food e o lanche artesanal sem escala.

Entre as referências está a rede americana de fast casual Shake Shack, que tem sede na cidade de Nova York e conta com mais de 240 unidades.

"Lá fora nós víamos marcas que haviam conseguido incorporar conceitos de farm to table, cuidado com a matéria prima, utilização de produtos locais e sazonais, que antes eram exclusivos da alta gastronomia", diz o CEO.

A primeira unidade foi inaugurada na Rua Oscar Freire, nos Jardins, região nobre de São Paulo. A ideia de ganhar escala sempre esteve presente no desenho do modelo de negócio. Quando a segunda unidade foi inaugurada no Itaim Bibi, o Cabana passou a contar com uma cozinha central para abastecer as unidades. Em quatro anos, a rede tinha oito lojas próprias.

Em março de 2020, junto com o início da pandemia de covid-19, o fundo Treecorp se tornou sócio majoritário do negócio.

"A entrada do fundo trouxe grande avanço de governança e networking, mas não mudou o dia a dia da operação das lojas", diz.

Acompanhe tudo sobre:FranquiasHambúrgueresAlimentação

Mais de Negócios

Serasa busca oito startups que ajudem a acabar com a inadimplência — e vai investir nelas

Iniciativas da CPFL, reconhecidas pela ONU, impactam a vida de milhares de pacientes em hospitais

Esta empresa de geradores está batendo recordes de faturamento com apagão em São Paulo

Jovens que levavam a palavra de Deus às ruas de Uberlândia criaram um negócio de R$ 240 milhões