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Busscar, fabricante de carrocerias, terá bens leiloados

Com a falência decretada há dois anos, o grupo tem dívida de R$ 1,6 bilhão


	Ônibus da Busscar: a expectativa é arrecadar R$ 293,4 milhões
 (Kacalidade/WikimediaCommons)

Ônibus da Busscar: a expectativa é arrecadar R$ 293,4 milhões (Kacalidade/WikimediaCommons)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 08h29.

São Paulo - A empresa que já foi uma das mais tradicionais fabricantes de carrocerias de ônibus do País, a Busscar, de Joinville (SC), terá os bens leiloados no dia 26 de novembro. Com a falência decretada há dois anos, o grupo tem dívida de R$ 1,6 bilhão. Os bens a serem vendidos são avaliados em R$ 489 milhões.

A expectativa é arrecadar, no mínimo, 60% desse valor (R$ 293,4 milhões), o que significa que o grupo continuará agonizando. No lote a ser leiloado está a Tecnofibras, avaliada em R$ 74 milhões.

É a única empresa do grupo que segue em operação. Ela produz peças para carroceria, tem 400 funcionários e faturou R$ 81 milhões em 2013.

A unidade da Busscar, que ainda conserva sua linha de montagem, está avaliada em R$ 369 milhões. No passado, ela chegou a produzir 42 carrocerias por dia e empregar 5 mil pessoas.

"Quem adquirir a Busscar poderá retomar a produção de carrocerias, se quiser", diz a leiloeira oficial Tatiane Duarte. Também irão à leilão a Climabuss (equipamentos de climatização), terrenos, imóveis, veículos, uma participação minoritária na Busscar Colômbia, entre outros.

Segundo Tatiane, a Justiça determinou que a venda seja feita em bloco único e, caso não apareça comprador, poderá ser desmembrada em seis lotes. A prioridade do que for arrecadado é o pagamento de ex-funcionários.

O grupo brasileiro Busscar foi criado em 1956 por Harold Nielson e tornou-se um gigante no ramo de carrocerias. Após a morte do fundador num desastre aéreo, em 1998, antes de formar sucessores, a empresa passou a ter problemas de gestão e financeiros e se afundou em dívidas.

Deixou de operar em 2010 e teve a falência decretada em 2012. Neste ano, o filho de Nielson, Claudio, apresentou um plano de recuperação que incluía pedido de empréstimo ao BNDES, mas foi recusado pela Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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