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Burger King vê queda de 10,6% em receita no último tri

Empresa investe em pesquisa de público e reestruturação para ganhar cliente

Lanchonete do Burger King: em dezembro de 2010 a empresa começou a implantar um plano global de reestruturação (GETTY IMAGES)

Lanchonete do Burger King: em dezembro de 2010 a empresa começou a implantar um plano global de reestruturação (GETTY IMAGES)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 19h10.

São Paulo – No último trimestre de 2010, o Burger King, do fundo 3G, obteve 583,5 milhões de dólares de receita. O valor é 10,6% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.  No semestre, as receitas no mundo caíram 8%.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do trimestre foi de 114 milhões de dólares, comparado a 123,7 milhões de dólares no mesmo período do ano anterior. O ebitda ajustado do semestre foi de 230 milhões de dólares. No mesmo período do ano anterior ele foi de 237,4 milhões de dólares.

Desde o final de 2010 a rede Burger King investe em pesquisas para conhecer melhor sua clientela. Para ganhar vendas e mudar para um território de vendas positivo a rede está mudando sua cultura de vendas. “Passamos os últimos meses aprendendo mais sobre o consumidor e agora estamos implementando”, afirmou Schwartz. A empresa acredita que as ações tomadas irão melhorar as vendas na América do Norte.

No primeiro trimestre de 2011, as vendas na América do Norte diminuiram em relação ao mesmo período de 2010. O resultado foi impactado por promoções no período do ano anterior e compensado pelo crescimento na Índia e na América Latina, afirmou Daniel Schwartz, vice presidente e CFO, em teleconferência realizada hoje (7/4) com analistas. A empresa ainda está fechando os resultados do período, mas espera impactos positivos da sua reestruturação global no ebitda.

Reestruturação

Em dezembro de 2010 a empresa começou a implantar um plano global de reestruturação que resultou em diminuição da força de trabalho e melhor organização. Nos Estados Unidos, aproximadamente, 175 posições de trabalho foram eliminadas. Nos outros países foram cerca de 215. Com a  ação a empresa espera gerar economias que serão re-investidas no negócio.

O Burger King também implementou um plano para enxugar o orçamento no último trimestre do ano. Em G&A (despesas gerais e administrativas) a empresa espera uma redução de 85 milhões de dólares a 110 milhões de dólares no ano, como resultado da reestruturação global. A empresa não especificou quando deve obter esse benefício.



“Estamos focados em melhorar as margens nos nossos restaurantes nos Estados Unidos, que são geralmente menores que as nossas margens de franqueados nos EUA”. Todos os segmentos experimentaram crescimento líquido em 2010, a maior parte fora dos Estados Unidos e do Canadá, concentrado na Turquia (31%) e, em segundo lugar, no Brasil (16%). A empresa acredita que a maior parte do seu crescimento futuro virá de franquias.

No início de setembro, o fundo 3G, de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, fechou a compra da segunda maior rede de fast food dos Estados Unidos por 3,26 bilhões de dólares. Com a assunção de dívidas, o valor do negócio sobe para 4 bilhões. O sistema Burger King opera mais de 12.250 lojas e serve mais de 11 milhões de clientes por dia. A rede está presente em 76 países. Cerca de 90% dos restaurantes são operados por franqueados.
 

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