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Burger King espera encerrar ano com 300 lojas no Brasil

A empresa pretende abrir 100 unidades no país e investir R$ 140 milhões em 2012


	No início deste ano, a Burger King do Brasil comprou as 78 lojas nos Estados de São Paulo e Rio que pertenciam ao grupo BGK
 (Scott Olson/Getty Images)

No início deste ano, a Burger King do Brasil comprou as 78 lojas nos Estados de São Paulo e Rio que pertenciam ao grupo BGK (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 13h42.

Rio - A Burger King deverá chegar ao fim do ano com 300 pontos de venda (lojas e quiosques) no País, após abrir 100 unidades e investir R$ 140 milhões em 2012, segundo estimativa do diretor-presidente da BK do Brasil, Iuri Miranda. Atualmente, a rede tem 260 pontos de venda em 18 Estados.

O crescimento, acelerado a partir do ano passado, é necessário para dar conta de atingir a meta de mil unidades até 2016, definida após a criação da masterfranqueada BK do Brasil, joint venture entre a Burger King nos Estados Unidos e o fundo de private equity Vinci Partners.

O mercado do Rio de Janeiro é um bom exemplo dessa aceleração. Ano passado, a rede tinha oito lojas na região metropolitana. Hoje, são 28 e a perspectiva é encerrar o ano com 40 - gerando 2 mil novos empregos, apenas na região metropolitana do Rio, em 2012.

Para Miranda, as metas, apesar de ousadas, são factíveis porque o movimento de crescimento do consumo no Brasil vai continuar. "É verdade que nos últimos anos houve um movimento de classes sociais onde o consumo, principalmente de alimentos e bebidas, cresceu consideravelmente. Existe esse movimento e ele vai continuar", disse Miranda nesta segunda-feira, na inauguração de uma loja de 650 metros quadrados no Centro do Rio.

"Pela própria dinâmica da sociedade, as pessoas comem cada vez mais fora de casa", completou.


Sem divulgar dados sobre faturamento, Miranda tampouco quis citar metas intermediárias de crescimento antes de 2016. Na visão do executivo brasileiro, o fator determinante para a aceleração do crescimento da maior concorrente global do McDonald's no Brasil foi a criação da BK do Brasil, em junho do ano passado. À época, não foi revelado o valor do aporte da Vinci Partners, gestora de recursos baseada no Rio e quem tem entre os donos Gilberto Sayão, ex-sócio do Pactual. A participação acionária de cada um dos sócios da BK do Brasil não é revelada pela empresa.

No início deste ano, a BK do Brasil comprou as 78 lojas nos Estados de São Paulo e Rio que pertenciam ao grupo BGK, comandado pelo empresário Luiz Eduardo Batalha - que trouxe a marca para o País em 2004. O valor dessa operação tampouco foi divulgado oficialmente. Considerando o valor aproximado de R$ 2,5 milhões por loja, o negócio teria movimentado cerca de R$ 200 milhões, segundo informações de mercado obtidas pelo Estado em fevereiro. Hoje, metade das unidades da rede no Brasil está nas mãos de franqueados.

Em setembro de 2010, a Burger King Inc., sediada em Miami, foi comprada pelo fundo 3G Capital, sediado em Nova York, mas controlado pelos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. O valor investido foi de US$ 3,3 bilhões, no que foi considerada a maior operação de aquisição no setor de restaurantes em uma década.

Na avaliação de Miranda, no entanto, o fato de os donos da Burger King serem brasileiros influi apenas indiretamente. "Conversar com pessoas que conhecem o mercado, o potencial do mercado brasileiro, já tiveram outros negócios no País, facilita o diálogo", disse o executivo. Nem mesmo a parceria comercial de exclusividade com a Pepsi - distribuída no Brasil pela Ambev, controlada pela AB Inbev, que tem Lemann, Sicupira e Telles como seus principais sócios - estaria relacionada. Segundo Miranda, a parceria, que inclui refrigerantes fabricados pela Ambev, foi firmada no início de 2011, por ter "condições comerciais mais favoráveis".

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