Negócios

Bunge prevê preços de grãos ainda voláteis em 2011, diz FT

Preços de grãos tendem a subir mais no próximo ano até se normalizarem em 2012, segundo Alberto Weisser, presidente-executivo e do conselho da Bunge

Bunge não acredita que a inflação de alimentos veio para ficar (IVSON/DIVULGACAO)

Bunge não acredita que a inflação de alimentos veio para ficar (IVSON/DIVULGACAO)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 08h25.

Paris - Os preços de grãos, que já estão nos patamares mais altos em dois anos, tendem a subir mais no próximo ano até se normalizarem em 2012, disse o presidente da Bunge ao Financial Times.

"Nos próximos 12 meses, eu acredito que ainda veremos volatilidade de preços", disse Alberto Weisser em entrevista publicada nesta quarta-feira.

Os preços de grãos tiveram um rali em 2010 depois das quebras de safra na Rússia e Austrália.

Na semana passada, a Organização para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO) disse que os estoques globais devem permanecer apertados nesta e na próxima temporada, apesar da produção acima do esperado, porque a demanda também aumentou.

Mas Weisser, presidente-executivo e do conselho da Bunge, descartou temores de que a inflação de alimentos veio para ficar, de acordo com o Financial Times.

Considerando que uma safra normal no hemisfério sul seja seguida por uma outra favorável no norte, os preços começarão a se normalizar em 2012, disse Weisser ao jornal.

"Não me preocupa em nada. Eu acho que há terra suficiente disponível, há água disponível", disse ele, acrescentando que com o milho nos Estados Unidos acima de 6 dólares por bushel e a soja ligeiramente abaixo de 14 dólares por bushel -- os maiores valores em dois anos -- os produtores brasileiros certamente vão plantar mais, aumentando a oferta.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaBungeEmpresasEmpresas holandesas

Mais de Negócios

ARTIGO: Rio quer virar uma Meca da IA — e o timing parece correto

Ele criou o "GPS do emagrecimento" para disputar com Ozempic. Em 3 meses, já faturou R$ 12 milhões

Startup de saúde mental de Selena Gomez atrasa salários e enfrenta risco de colapso

Ele começou como estagiário numa empresa bilionária. Hoje, aos 40, lidera toda a América do Sul