Negócios

Bunge fecha capital no Brasil

Companhia desembolsou R$ 797,5 milhões para retirar os 16,52% de seu capital que ainda circulava no mercado

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A Bunge Brasil, controladora das empresas Bunge Alimentos e Bunge Fertilizantes, realizou nesta segunda-feira (27/9) o leilão de recompra de suas ações, negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) desde 2001. A empresa pagou 6,44 reais por ação, desembolsando ao todo 797,5 milhões de reais na operação. Com o leilão, a Bunge retirou do mercado os 16,52% das ações que eram negociadas na Bovespa, a última fatia que não lhe pertencia.

O fechamento de capital da Bunge Brasil, companhia que mais movimenta dinheiro com produtos agrícolas no país conforme reportagem da EXAME, foi anunciado no final de agosto, quando o Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, manifestou interesse em vender os 7,10% das ações que detinha da empresa. O Previ justificou a venda dos papéis como uma necessidade de reduzir a exposição de seus ativos em renda variável, como um requisito para que o fundo se enquadrasse aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional.

De acordo com Adalgiso Telles, diretor de Relações Institucionais da Bunge Brasil, a empresa optou por fechar o capital no país porque o volume de papéis remanescentes seria muito pequeno. Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias da Bunge Brasil valorizaram-se em 221%, enquanto a valorização do Ibovespa foi de 64%.

No dia 30/9, a Bunge liquidará as transações realizadas hoje. A Comissão de Valores Mobiliários deve levar algumas semanas para analisar a operação e formalizar o fechamento de capital da empresa.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

Para além do pré-sal: Petrobras e Ibama avançam em teste na Foz do Amazonas

Quando sair de cena é o melhor para os negócios – esse CEO fatura US$ 131 milhões ao delegar tarefas

Com R$ 180, ele criou um negócio que fatura seis dígitos por ano – e trabalha só duas horas por dia

De entregador a CEO: esse imigrante construiu um império de 270 franquias da pizzaria Papa John’s