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Buffett resiste como terceiro homem mais rico

Segundo a lista da revista Forbes, o investidor viu sua riqueza diminuir US$ 6 bilhões e ficar em US$ 44 bilhões

Buffett se transformou nos últimos meses no porta-bandeira do aumento da taxação sobre os milionários (Theo Wargo/Getty Images)

Buffett se transformou nos últimos meses no porta-bandeira do aumento da taxação sobre os milionários (Theo Wargo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 19h43.

Nova York - O milionário Warren Buffett, de 81 anos, foi considerado pelo terceiro ano consecutivo o terceiro homem mais rico do mundo, embora sua fortuna tenha perdido terreno para a de Bill Gates e a do mexicano Carlos Slim, num ano em que ele defendeu o aumento dos impostos da parcela mais rica da população nos Estados Unidos.

Segundo a lista da revista Forbes, publicada nesta quarta-feira, no último ano o filantropo e maior acionista do grupo investidor Berkshire Hathaway viu sua riqueza minguar US$ 6 bilhões e ficar em US$ 44 bilhões.

Buffet, conhecido como o "Oráculo de Omaha", afastou-se do homem mais rico do mundo, o magnata das telecomunicações mexicano Carlos Slim, que lidera o ranking com US$ 69 bilhões, e de seu amigo, o também americano Bill Gates, com US$ 61 bilhões.

No ano que passou, o investidor, que começou a acumular sua fortuna aos seis anos de idade, atraiu olhares não pelos seus lances em Wall Street, mas sim por suas jogadas políticas.

Buffett se transformou nos últimos meses no porta-bandeira do aumento da taxação sobre os milionários, e sua voz se tornou mais forte após o investidor publicar um polêmico artigo no jornal "The New York Times", no qual evidenciava as injustiças do sistema tributário americano.

O investidor, que após anos de suspense declarou que já tem alguém em mente para sucedê-lo no comando da Berkshire Hathaway, conseguiu que sua secretária ficasse famosa após revelar que ela paga proporcionalmente muito mais impostos do que ele.

Sua campanha foi citada pelo próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e se tornou um projeto de lei, batizado de Buffet Rule (Regra Buffet), apresentado por vários líderes democratas no Senado.


Os investidores de Wall Street, no entanto, não pouparam o terceiro homem mais rico do mundo, que criticou Buffet por temer que seu ativismo político prejudique os negócios de Wall Street.

No ano passado, a fortuna do investidor diminuiu devido principalmente à queda de 7,52% das ações do grupo Berkshire Hathaway registrada nos últimos doze meses. Foi com essa firma que ele começou a montar seu império, em 1965, a partir da criação de uma fábrica têxtil.

A queda na bolsa fez com que algumas pessoas questionassem a vitalidade de Buffet, que não revolou quem será o seu sucessor.

No dia em que se aposentar, ele encerrará a carreira de um mito, que nasceu em Omaha, no Nebraska, em 1930, um ano depois da terça-feira negra de Wall Street e em plena Grande Depressão econômica nos EUA.

Aos seis anos, conseguiu seu primeiro lucro ao vender a amigos latas de refresco por um preço maior do que comprou no mercado de seu avô, e cinco anos depois realizou seu primeiro investimento, ao adquirir ações de uma petrolífera por 38 dólares.

Mas o lendário investidor, com um olho capaz de transformar companhias desvalorizadas em ouro, levou sempre uma vida de austeridade, na qual seu maior luxo é comer no Gorat's Steak House de Omaha e beber, ao invés de um caro champanhe, um refrigerante com sabor de cereja.

A filantropia também se transformou em sua nova bandeira, e inspirado por sua falecida esposa, Susan Thompson, Buffet decidiu que mais de 99% de seu patrimônio será destinado a causas sociais ao longo de sua vida a após a sua morte. EFE

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