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Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2014 às 15h28.
São Paulo - A Brasil Terminal Portuário (BTP) anunciou nesta quinta-feira, 24, o início das operações com carga geral solta em seu terminal, localizado na margem direita do Porto de Santos, ampliando seu portfólio de serviços.
Com o novo serviço, o terminal passa a operar break bulk, que corresponde à carga geral movimentada fora de contêineres, sustentada por uma plataforma rolante, as chamadas mafis.
"Com a nova modalidade, que tem seu foco no mercado de cargas de projeto e maquinário, a BTP amplia o leque de serviços oferecidos aos seus clientes", disse o diretor Comercial da BTP, Alan Lear, em nota. Inicialmente, a operação de carga solta será realizada no terminal a cada 15 dias, mas o executivo indicou que o serviço pode passar a semanal, se houver demanda de mercado.
A operação utiliza-se de navios tipo "roll-on roll-off", com a movimentação de carga feita por meio de plataforma rolante, o que, segundo a BTP, dá mais agilidade na entrega e na operação do navio.
A BTP citou dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) segundo os quais a operação por meio do break bulk apresentou crescimento no Porto de Santos em 2013, com expansão 28,7% na movimentação de carga em relação à 2012, para 4,3 milhões de toneladas de cargas soltas movimentadas.
Em um primeiro acordo com a Wallenius Wilhelmsen Logistics (WWL), a BTP será responsável pelo agendamento, armazenagem, movimentação e embarque de cargas gerais soltas do armador.
"A disponibilização deste serviço irá aumentar a capacidade de atendimento do terminal no Porto de Santos", disse a BTP.
Em relação à operação de carga geral conteinerizada, atualmente o principal negócio oferecido pela BTP, a empresa informou que devem ser movimentados 691 milhões de TEUs (medida equivalente a uma caixa de 20 pés) em 2014 em seu terminal.
O volume toma como base a expectativa da BTP em ter o canal homologado pela Marinha do Brasil, a uma profundidade de 14,6 metros, até o próximo mês de maio.
"O principal fator que impossibilita a empresa atingir sua capacidade atual instalada de 1,2 milhão de TEUs anuais ainda em 2014 é o atraso na conclusão dos serviços de dragagem do canal do Porto de Santos", afirmou.