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BTG se prepara para briga por lugar em Conselho da Usiminas

Até agora, há um único candidato para a presidência do Conselho de Administração da Usiminas, o advogado Marcelo Gasparino


	Usiminas: BTG é o segundo maior acionista da sigerúrgica fora do bloco de controle, atrás apenas da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
 (Divulgação)

Usiminas: BTG é o segundo maior acionista da sigerúrgica fora do bloco de controle, atrás apenas da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2016 às 11h18.

São Paulo - O BTG Pactual, acionista minoritário da Usiminas por meio de um fundo de investimento com cerca de 3% de participação no capital votante, prepara uma nova tentativa para emplacar um indicado ao Conselho de Administração da siderúrgica mineira, apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Desde o ano passado o BTG é o segundo maior acionista da Usiminas fora do bloco de controle, atrás apenas da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A meta, conforme fontes, é alcançar a presidência do colegiado.

Com 14,13% das ações ordinárias da empresa, a CSN, por enquanto, tem seus direitos políticos na companhia esterilizados, o que a impede de votar, por exemplo.

No entanto, a empresa pediu flexibilização da decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o órgão deve se pronunciar sobre o tema até o fim da semana. Por conta disso, a CSN pode fazer a diferença no momento da definição dos conselheiros da Usiminas.

Nos bastidores, o rumor é de que o fundo do BTG, na realidade, teria por trás exatamente a Ternium, que é sócia da Usiminas ao lado da Nippon Steel.

Empresa argentina e japonesa travam uma disputa societária há cerca de dois anos dando o pano de fundo de uma crise financeira sem precedentes na siderúrgica mineira, que precisa de uma injeção de capital para evitar entrar em recuperação judicial.

Até aqui há um único candidato para a presidência do Conselho de Administração da Usiminas, o advogado Marcelo Gasparino, que já ocupa esse cargo desde o ano passado.

Gasparino é indicado da Lpar, do empresário Lirio Parisotto, que até a chegada do BTG na Usiminas era o segundo maior acionista fora do bloco de controle.

A Lpar, inclusive, fez pedido público de procuração aos demais acionistas, a fim de ampliar a participação da categoria na assembleia que ocorrerá no fim do mês. O Broadcast apurou que existe uma preocupação dos minoritários não conseguirem se manter no Conselho da Usiminas.

O BTG iniciou sua compra de ações da Usiminas em setembro de 2014, mês em que se tornou pública a briga societária na Usiminas com a destituição de três executivos do alto escalão da siderúrgica mineira todos indicados pela Ternium, incluindo o até então presidente, Julián Eguren.

Ano passado, o banco indicou ao cargo do Conselho o ex-presidente da TAM, Marcos Bologna e entrou no embate com Pasisotto para a indicação ao cargo, que ficou, após uma assembleia de acionistas marcada por brigas, com o próprio Parisotto. Procurado o BTG não comentou.

Agora, a expectativa é que o BTG venha com outro nome "forte" para indicar ao Conselho que, se eleito, também brigará pela presidência do colegiado, segundo uma fonte. A Assembleia Geral dos acionistas da Usiminas que tratará sobre a eleição do Conselho está marcada para o próximo dia 28.

Hoje a Usiminas possui dez conselheiros, Ternium e Nippon têm três indicados cada. A Previdência Usiminas, que também está no bloco de controle, tem um representante.

Os empregados têm uma cadeira no Conselho. Os minoritários ocupam dois assentos, Gasparino e Mauro Cunha, que é presidente da Amec, associação que representa os acionistas minoritários.

Cunha era o suplente de Parisotto, que após sua eleição em abril do ano passado não pode assumir o cargo, por decisão da Justiça, após ação ajuizada pela Ternium. Após a liberação da Justiça, Parisotto renunciou, dando lugar a Cunha.

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