Venda da BTG Pactual: participação é representativa de 65% do capital social da Túnels de Barcelona I Cadí Concessionària de la Generalitat de Catalunya (.)
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2014 às 12h11.
São Paulo - A BTG Pactual Participations, do Grupo BTG Pactual, informou nesta quarta-feira que fez acordo para vender sua participação em uma concessionária espanhola de túneis à empresa francesa de private equity Ardian por 146,45 milhões de euros.
A participação é representativa de 65 por cento do capital social da Túnels de Barcelona I Cadí Concessionària de la Generalitat de Catalunya, que detém os direitos atrelados à concessão de manutenção e operação dos túneis de Vallvidrera e Cadí, na região da Catalunha, disse a BTG Pactual Participations.
Segundo a companhia, o preço de venda representa um múltiplo de 2,46 vezes em euros sobre o capital originalmente investido na operação, sendo que a fatia será assumida pelo AXA Infrastructure Fund III, gerido pela Ardian. A transação está sujeita ao cumprimento de certas condições precedentes estabelecidas no acordo, incluindo aprovações regulatórias aplicáveis.
Em 2012, o governo da Catalunha fechou um acordo com um consórcio formado pelo BTG Pactual e pela espanhola Abertis envolvendo a concessão por 25 anos da administração dos túneis por 430 milhões de euros.
Na época, a Abertis, detentora de uma fatia de 35 por cento do consórcio, informou que 310 milhões de euros desse montante seriam desembolsados inicialmente. Em suas últimas informações trimestrais, a BTG Pactual Participations informou que a Túnels de Barcelona i Cadí Concessionària de la Generalitat de Catalunya, apurou lucro líquido de 1,7 milhão de reais nos nove meses encerrados em setembro, ante resultado negativo de 3,3 milhões de reais no mesmo período do ano passado.
"Operação foi oportunística e nos ajudou a ter resultado muito interessante num período muito curto", disse a Reuters Renato Mazzola, sócio responsável pela área de Infraestrutura do BTG Pactual.
Segundo ele, o grupo vê os setores portuário, de telecomunicações e de mobilidade urbana como os que apresentam melhores oportunidades de novos negócios no Brasil e outros países da América Latina, como Chile e Peru.
Apesar do interesse em infraestrutura no Brasil, o BTG descarta entrar diretamente em licitações públicas de grandes projetos, disse o executivo.
O fundo de infraestrutura do BTG, de 1,9 bilhão de dólares, tem metade dos recursos já investidos. De acordo com Mazzola, o mandato é para realizar negócios que podem ir de 30 milhões até centenas de milhões de dólares.