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BTG Pactual e UBS apostam em batalha jurídica sobre plano da Oi

Entre os questionamentos possíveis está o fato de o plano não ter sido aprovado pelo conselho de administração, assim como o aumento de capital de R$ 4 bi

Oi: "Nelson Tanure, um dos maiores acionistas da tele, questionará muitos aspectos do processo", dizem os analistas (Dado Galdieri/Bloomberg)

Oi: "Nelson Tanure, um dos maiores acionistas da tele, questionará muitos aspectos do processo", dizem os analistas (Dado Galdieri/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 18h41.

São Paulo - As ações da Oi devem seguir operando com volatilidade de preços, dada a grande chance de a aprovação do plano de recuperação em assembleia de credores da companhia ser seguida por uma batalha jurídica. Analistas do BTG Pactual e do UBS afirmam que tanto acionistas quanto a Anatel devem questionar judicialmente o voto a favor do plano, ainda que tenha obtido praticamente unanimidade nas quatro classes de credores.

"Nelson Tanure, um dos maiores acionistas da tele, questionará muitos aspectos do processo", dizem os analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, do BTG Pactual. Entre eles, o fato de o plano não ter sido aprovado pelo conselho de administração da companhia, assim como o aumento de capital de R$ 4 bilhões e o prêmio pago aos credores subscritores do mesmo, apontam os analistas.

Uma eventual contestação da Anatel sobre o resultado da assembleia é também esperada pelos analistas do BTG Pactual, já que seu voto contrário justifica-se na legislação presente, que proíbe corte no valor da dívida da empresa com a União.

Para os analistas Richard Dineen e Maria Tereza Azevedo, no entanto, a Anatel tem demonstrado interesse em uma solução de mercado para a Oi, o que deixa dúvidas sobre como se posicionará ainda que tenha votado contra o plano de recuperação desenhado pela companhia.

Governança

Os analistas do BTG Pactual consideram que o novo plano ajustado durante a assembleia segue oferecendo desafios importantes do ponto de vista de governança e que considerando o valor presente da dívida da empresa o haircut implícito na proposta numa nova companhia é inferior a 36% para os credores detentores de bônus da companhia, enquanto a posição dos acionistas seria de R$ 4,8 bilhões, significando um ganho de 96% do valor atual das ações.

 

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