BTG Pactual: BTG Pactual tem pressa em vender ativos para levantar recursos e reforçar a confiança dos investidores (Gustavo Kahil / Exame.com)
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 17h20.
Londres/São Paulo - O BTG Pactual está em negociações para vender sua participação majoritária na seguradora brasileira Pan Seguros, com Axa e MetLife entre as concorrentes, disseram três fontes familiarizadas com o assunto.
O BTG Pactual tem pressa em vender ativos para levantar recursos e reforçar a confiança dos investidores após a prisão do seu fundador André Esteves, em novembro.
Outros candidatos pelo negócio incluem Zurich e Generali, bem como a Liberty Mutual e algumas grandes seguradoras japonesas, disseram duas das fontes.
A seguradora francesa CNP Assurances também está na disputa pela Pan Seguradora, que opera nos ramos de vida e seguro residencial, uma terceira fonte disse à Reuters.
As fontes disseram que as conversações sobre a venda de 51 por cento de participação do BTG Pactual na Pan Seguros estavam em estágio avançado.
"Os concorrentes estão fazendo fila por causa da falta de alvos disponíveis na América Latina", disse uma das fontes.
O BTG Pactual não fez nenhum comentário imediato. Porta-vozes na Axa, MetLife, Zurique, CNP Assurances e Generali se recusaram a comentar o assunto, enquanto Liberty Mutual não estava imediatamente disponível para se manifestar.
O BTG Pactual assumiu o controle da Pan Seguros no ano passado. A Caixapar, o braço de investimentos da Caixa Econômica Federal, tem os 49 por cento restantes e deve manter esta fatia, disse uma das fontes.
O BTG Pactual quer fechar a venda de sua participação na Pan Seguros até o fim do primeiro trimestre e pediu aos interessados que enviem ofertas vinculantes em fevereiro, disseram as fontes.
Os lances de primeira rodada em dezembro avaliaram o negócio como valendo entre 1 bilhão e 1,3 bilhão de reais, disseram. Axa e MetLife apresentou as maiores ofertas na rodada inicial, disse uma das fontes disse.
A Axa já disse publicamente que quer aumentar sua exposição aos mercados emergentes.
O BTG Pactual vendeu carteiras de empréstimos, uma fatia na maior rede hospitalar do país, Rede D'Or São Luiz, e obteve uma linha emergencial de 6 bilhões de reais do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para tentar acalmar temores de uma crise de liquidez.
Os sócios que substituíram Esteves no comando do BTG Pactual também estão mantendo negociações para vender o banco suíço BSI, que havia comprado da Generali menos de um ano antes.
Texto atualizado às 18h20