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BTG assume a WTorre Properties e cria nova empresa

A sociedade foi a saída que Walter Torre encontrou para resolver as pendências financeiras do braço de administração imobiliária do grupo

André Esteves, presidente do BTG Pactual: Banco controla 65% da nova empresa (Divulgação)

André Esteves, presidente do BTG Pactual: Banco controla 65% da nova empresa (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 10h31.

São Paulo - O banco BTG Pactual comprou o controle da WTorre Properties e vai criar uma nova empresa de administração imobiliária, em um negócio que ultrapassa os R$ 4 bilhões. No portfólio de R$ 5,3 bilhões da nova companhia, ainda sem nome e sem corpo diretivo, estão a nova sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, além das torres comerciais e do prédio da Daslu, que integram o complexo JK, em São Paulo.

Para controlar 65% da nova empresa, o BTG entrou com seus ativos imobiliários, no valor de R$ 1,5 bilhão, injetou R$ 300 milhões no caixa da recém-criada companhia, assumiu uma dívida de R$ 1,7 bilhão e ainda aportou uma quantia desconhecida na construtora WTorre S/A - empresa que continua existindo, com um portfólio formado basicamente por shoppings e projetos em fase inicial, como o novo estádio do Palmeiras e o shopping Iguatemi. Os sócios da WTorre Properties - o empresário Walter Torre, o banco Santander e a Votorantim - passam a deter 35% do capital da nova empresa.

A sociedade com o BTG foi a saída que Walter Torre encontrou para resolver as pendências financeiras do braço de administração imobiliária do grupo. Depois de ter tentado fazer uma oferta inicial de ações por duas vezes - sem sucesso -, a empresa anunciou em novembro do ano passado a criação de um fundo imobiliário lastreado no prédio da Petrobras, no valor de R$ 1,2 bilhão.

O fundo despertou o interesse de cerca de mil investidores pessoa física e seis fundações, além de investidores estrangeiros, mas não conseguiu atingir o mínimo de 75% exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para seguir adiante. Sem demanda, a terceira tentativa de capitalização da WTorre foi abortada há duas semanas e a empresa teve de buscar um parceiro. Pela proximidade, era natural que o BTG estivesse entre os candidatos a sócio. No ano passado, o banco adquiriu as duas torres comerciais do complexo JK e comprou 40% de participação num terreno próximo ao shopping Morumbi. Com a venda dos ativos, a WTorre Properties se livra das dívidas, permanece com um portfólio de R$ 1,2 bilhão e fica com um caixa de R$ 380 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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