André Esteves, do BTG Pactual: ações da Eneva dispararam com notícia sobre a suposta intenção do BTG Pactual, com o apoio do Itaú BBA e do Citi, para assumir o controle da empresa (Jin Lee/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2015 às 22h26.
São Paulo - O BTG informou, em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que não tem intenção de se tornar acionista controlador da Eneva (ex-MPX), em recuperação judicial.
"A atuação do BTG Pactual em relação às recuperandas visa exclusivamente maximizar o recebimento dos seus créditos", diz João Marcello Dantas Leite, diretor de Relações com Investidores do banco, em comunicado ao mercado.
As ações da Eneva dispararam nesta sexta-feira, 17, com notícia publicada pelo Valor Econômico sobre a suposta intenção do BTG Pactual, com o apoio do Itaú BBA e do Citi, para assumir o controle da empresa.
Os papéis da empresa subiram 14,81%, cotados a R$ 0,31. O Ibovespa fechou em baixa de 1,32%, aos 53.954,79 pontos.
Segundo o BTG Pactual, a Eneva, de forma a reduzir seu endividamento e a evitar sua insolvência e descontinuidade, apresentou plano de recuperação em que prevê que, entre outras medidas, os créditos quirografários terão seus valores reduzidos em 20%, bem como parte deverá ser convertida em participação acionária.
Com a aprovação do plano, conforme comunicado, o banco receberá, como consequência involuntária, ações representativas do capital social da empresa.
Sobre o nível de provisionamento, o BTG Pactual não confirma ser o informado na matéria, e destaca que ele segue a regulamentação bancária, e reflete a estimativa do que considera ser o valor de recuperação do crédito atualmente.
"O BTG Pactual aproveita a oportunidade para manifestar seu apoio, na qualidade de credor quirografário, ao esforço conjunto de acionistas, administradores e credores das recuperandas na busca do objetivo comum de continuidade operacional e financeira de tais empresas", conclui Leite.