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Brookfield não prevê novos ajustes após 1º prejuízo anual

Incorporadora reduziu o prejuízo líquido no quarto trimestre de 2012 para R$ 39,7 milhões


	Obra da Brookfield em São Paulo: prejuízo foi de 388 milhões de reais em 2012, revertendo lucro de 161,5 milhões no ano anterior
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Obra da Brookfield em São Paulo: prejuízo foi de 388 milhões de reais em 2012, revertendo lucro de 161,5 milhões no ano anterior (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 13h50.

São Paulo - A Brookfield Incorporações acredita ter deixado para trás o período de ajustes que resultou no primeiro prejuízo anual no histórico da empresa, e espera voltar a gerar caixa na segunda metade desde ano.

A incorporadora reduziu o prejuízo líquido no quarto trimestre de 2012 para 39,7 milhões de reais, comparado a resultado negativo de 90,2 milhões um ano antes, apesar da queda em vendas e lançamentos.

O resultado contrariou a média de quatro estimativas de analistas obtidas pela Reuters, de lucro de 47,8 milhões reais para a empresa no período.

Em 2012 fechado, o prejuízo foi de 388 milhões de reais, revertendo lucro de 161,5 milhões no ano anterior. O segundo trimestre, quando foram realizados ajustes e revisão de orçamentos de obras, foi o período que mais pesou sobre o resultado.

"2012 foi ruim para a empresa, e pela primeira vez tivemos prejuízo no exercício", disse o presidente-executivo da Brookfield, Nicholas Reade, em teleconferência nesta quinta-feira. "Foi um ano de correção e redimensionamento da Brookfield e do mercado como um todo", acrescentou, se referindo também às mudanças nas estruturas de pessoal e de processos da empresa.

No demonstrativo de resultados, a companhia atribuiu o desempenho à combinação entre o processo de integração e redefinição das operações, ajustes de orçamentos, implementação de sistemas e rescisão de projetos, além do mercado mais fraco como um todo, o que resultou em novos ajustes.

Reade, contudo, assinalou que não devem ocorrer novos ajustes relevantes daqui para frente. "Ajuste de obra é algo constante, mas não deve haver grandes variações... após a checagem geral, o risco de novos ajustes diminui", afirmou.


De outubro a dezembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou 38,4 milhões de reais, abaixo dos 55,2 milhões obtidos um ano antes, com a margem caindo de 6,8 para 3,9 por cento.

Projeções

Para este ano, a Brookfield espera que as vendas contratadas fiquem no intervalo entre 3 bilhões e 3,5 bilhões de reais. No fechado de 2012, as vendas contratadas atingiram 3,4 bilhões de reais, queda anual de 23,5 por cento.

Os lançamentos, enquanto isso, foram 21,8 por cento menores no ano, em 3,1 bilhões de reais, atingindo o ponto mínimo da projeção da empresa. A Brookfield não divulgou previsão para lançamentos em 2013.

Também neste ano, a incorporadora estima entregar de 20.000 a 25.000 unidades, que devem totalizar Valor Geral de Vendas (VGV) entre 3,5 bilhões e 4 bilhões de reais.

A companhia afirmou ainda que deve gerar caixa no segundo semestre deste ano, apoiada em elevado volume de entregas e repasses programados.

"Devemos consumir caixa no primeiro semestre, no terceiro trimestre o caixa deve ser neutro e no quarto trimestre o caixa volta para a companhia", disse Reade. Segundo ele, a empresa contempla ainda 100 milhões de reais provenientes de vendas de ativos.

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