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Brookfield está perto de comprar fatia na Renova, diz fonte

Sob os termos do acordo, que deverá ser anunciado nas próximas semanas, a Brookfield deverá comprar a fatia de 15,7% que a Light tem na Renova

Renova: atualmente, a Light compõe o bloco de controle que tem 64% da Renova (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Renova: atualmente, a Light compõe o bloco de controle que tem 64% da Renova (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 1 de março de 2017 às 17h52.

São Paulo - O fundo canadense Brookfield Asset Management está próximo de um acordo para comprar uma fatia de 30 por cento na empresa de energias renováveis Renova Energia, que incluiria injeção de 800 milhões de reais na companhia, disse nesta quarta-feira uma pessoa diretamente envolvida na transação.

Sob os termos do acordo, que deverá ser anunciado nas próximas semanas, a Brookfield deverá comprar a fatia de 15,7 por cento que a Light tem na Renova e depois injetar novo capital na companhia, segundo a fonte.

Atualmente, a Light compõe o bloco de controle que tem 64 por cento da Renova.

No ano passado, Renova enfrentou uma severa crise de liquidez. Ao injetar capital, a Brookfield dará à Light a oportunidade de sair da empresa enquanto dilui os outros dois membros do bloco de controle da Renova, a Cemig e a RR Participações.

A compra da participação da Brookfield será formalizada assim que a Renova concluir a venda do projeto do parque eólico Alto Sertão II para a AES Brasil, o que está previsto para a próxima semana, disse a fonte.

A transação deve ajudar a colocar a Renova Energia, fundada em 2001, "de volta no jogo", disse a fonte. As condições de financiamento para a Renova agravaram-se quando uma parceria com a SunEdison desmoronou semanas antes de a última solicitar recuperação judicial, nos Estados Unidos.

Muitas vezes vista como resiliente durante recessões, a indústria de eletricidade renovável do Brasil tem lutado com o impacto da diminuição do consumo decorrente da recessão mais severa da história do país e de custos de empréstimos elevados.

A Renova não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários, assim como Light, Cemig e RR Participações. A Brookfield preferiu não se manifestar.

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