BRMalls: a companhia teve Ebitda negativo de cerca de R$ 231 milhões (BR Malls/Divulgação)
Reuters
Publicado em 14 de agosto de 2017 às 20h21.
Última atualização em 14 de agosto de 2017 às 21h11.
São Paulo - A operadora de shopping centers BRMalls teve prejuízo líquido de 217 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo resultado positivo no mesmo período do ano passado, em um resultado que trouxe o mais baixo índice de ocupação de empreendimentos da empresa desde pelo menos 2014.
A companhia teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) negativo de cerca de 231 milhões de reais de abril a junho, ante 290 milhões positivos um ano antes.
Em termos ajustados, o Ebitda da companhia foi positivo em cerca de 211 milhões de reais, queda de 8,4 por cento sobre o segundo trimestre de 2016. Já a linha final do balanço registrou lucro de 59,2 milhões de reais, queda anual de cerca de 6 por cento.
A empresa, maior operadora de shopping centers do país, registrou um índice de ocupação de 94,7 por cento, após 95,8 no segundo trimestre do ano passado.
"Esperamos um cenário econômico ainda desafiador para os próximos meses. O nível de vacância nos nossos shoppings nos deixa alerta", afirmou a BRMalls no balanço. Para enfrentar a situação, a companhia informou que está reforçando equipes comerciais para melhorar relacionamento com lojistas.
A BRMalls informou que as vendas mesmas lojas dos lojistas em seus empreendimentos cresceram 5,3 por cento no segundo trimestre, após alta de 0,4 por cento nos três primeiros meses deste ano e queda de 1,7 por cento um ano antes.
O resultado da BRMalls foi divulgado alguns dias depois que a rival que atua em segmento de alto padrão Multiplan anunciou lucro líquido de 104,5 milhões de reais para o segundo trimestre, alta de 5,9 por cento sobre o resultado de um ano antes. Ainda como comparação, as vendas mesmas lojas dos shoppings da Multiplan subiram 6,7 por cento no trimestre passado.
A BRMalls afirmou que a inadimplência de lojistas nos shoppings da companhia caiu 3,2 pontos percentuais do segundo trimestre do ano passado para os três meses encerrados em junho deste ano, para 1,6 por cento, menor nível desde o final de 2014.
A empresa terminou junho com área bruta locável (ABL) própria de 950.911 metros quadrados, 0,7 por cento abaixo da área de um ano antes.
A companhia afirmou ainda que a relação de dívida líquida sobre Ebitda terminou o primeiro semestre em 2,5 vezes ante 4,2 vezes um ano antes, depois da oferta de ações que captou 1,73 bilhão de reais em maio.