Invest

BRF faz aporte de US$2,5 mi na Aleph Farms para produzir carne artificial

O investimento fez parte da segunda rodada de captações da startup israelense que levantou 105 milhões de dólares entre diversas companhias pelo mundo

BRF: Goldman tem recomendação de venda com preço-alvo de R$ 9,70 para o fim do ano (Germano Lüders/Exame)

BRF: Goldman tem recomendação de venda com preço-alvo de R$ 9,70 para o fim do ano (Germano Lüders/Exame)

R

Reuters

Publicado em 7 de julho de 2021 às 09h46.

Última atualização em 12 de julho de 2021 às 18h19.

 A companhia de alimentos BRF anunciou nesta quarta-feira o investimento de 2,5 milhões de dólares na startup israelense Aleph Farms, e quer produzir carne cultivada a partir de células bovinas não geneticamente modificadas em 2024, disse à Reuters um executivo da empresa.

Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

"A Visão 2030 da companhia está alinhada em seguir construindo alimentação saudável e sustentável. E dentro deste pilar de novas proteínas, assim como a carne vegetal, a tecnologia de carne cultivada é um dos caminhos", afirmou o vice-presidente de Novos Negócios da BRF, Marcel Sacco.

Diferentemente de outras parcerias e aquisições da BRF, dessa vez a companhia realizou uma transação de venture capital, que garantirá o uso da tecnologia da Aleph Farms.

Sacco ressaltou que a parceria com a Aleph Farms, um dos principais players mundiais em carne cultivada, foi firmada em março deste ano e é um passo importante no desenvolvimento de proteínas alternativas da BRF.

Para o Brasil, ele acredita que há potencial de consumo, mas também será feito um trabalho para impulsionar o engajamento da demanda.

"Como qualquer inovação tecnológica, tem um trabalho cultural grande, o mesmo que aconteceu com as proteínas vegetais... Na medida que essa tecnologia estiver disponível na forma de produtos, vamos trabalhar isso", afirmou.

A produção deste tipo de carne começa com a obtenção de células de alta qualidade de animais, porém sem o abate. As células são cultivadas fora do corpo do animal com o fornecimento de nutrientes e ambiente propício para seu desenvolvimento.

Ainda em fase de testes, a proteína poderá chegar ao mercado brasileiro na forma de hambúrguer, almôndegas, embutidos como salsicha ou steaks.

O investimento fez parte da segunda rodada de captações da startup israelense que levantou 105 milhões de dólares entre diversas companhias pelo mundo.

Somando os aportes obtidos na primeira rodada, o montante obtido chega a 118 milhões de dólares.

De acordo com comunicado da BRF, os recursos obtidos pela Aleph serão aplicados para executar planos de comercialização de carne cultivada em larga escala global e expansão do portfólio.

"Estudos realizados com base na metodologia de Análise do Ciclo de Vida apontam que a produção de carne cultivada tem potencial para reduzir significativamente a emissão de gases do evento estufa, além de diminuir o uso de terras para criação de animais em mais de 90% e o uso de água em até 50%."

Fique por dentro das principais tendências das empresas ESG. Assine a EXAME.

Acompanhe tudo sobre:BRFCarnes e derivadosEXAME-no-Instagram

Mais de Invest

Resultado da Mega-Sena concurso 2.799; prêmio é de R$ 20,2 milhões

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Por que a China não deveria estimular a economia, segundo Gavekal

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores