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Braskem tem lucro líquido de R$ 204 mi no 1º trimestre

Resultado representa queda de 49%


	Braskem: a receita líquida atingiu R$ 10,195 bilhões, queda de 14%
 (Germano Lüders/EXAME)

Braskem: a receita líquida atingiu R$ 10,195 bilhões, queda de 14% (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 12h09.

São Paulo - A petroquímica Braskem registrou lucro líquido de R$ 204 milhões no primeiro trimestre de 2015, resultado 49% inferior ao anotado nos três primeiros meses do ano passado.

O Ebitda básico (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,487 bilhão, queda de 9% em igual base comparativa. O Ebitda ajustado, por sua vez, encolheu 9% e somou R$ 1,485 bilhão.

A margem Ebitda do primeiro trimestre ficou em 14,6%, acima dos 13,8% do primeiro trimestre de 2014 e dos 11,6% do quarto trimestre do ano passado.

A receita líquida atingiu R$ 10,195 bilhões, queda de 14% em relação ao primeiro trimestre de 2014.

Alavancagem

A alavancagem da Braskem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, cresceu de 2,92 vezes no final de 2014 para 3,30 vezes no fechamento do primeiro trimestre deste ano. Em dólares, por outro lado, o indicador encolheu de 2,58 vezes para 2,55 vezes.

O resultado é explicado basicamente pela elevação do endividamento, em grande parte decorrente de efeitos cambiais, e pela queda do Ebitda no primeiro trimestre.

A dívida líquida da companhia cresceu 10,2% e encerrou o trimestre com R$ 18,2 bilhões. Na mesma base comparativa, a dívida bruta cresceu 13,7%, para R$ 23,1 bilhões, enquanto o volume de recursos em caixa teve alta de 29,2%, para R$ 4,9 bilhões.

O prazo médio do endividamento da Braskem ao final de março era de 16,4 anos, superior ao prazo médio de 15,7 anos registrado no final do ano passado.

"Se considerarmos apenas a parcela da dívida em dólares, o prazo médio fica em 21,3 anos", salientou a empresa.

As dívidas com vencimento em 2015 somam R$ 1,387 bilhão, o equivalente a 6% da dívida total. A Braskem, além dos R$ 4,9 bilhões em caixa, possui duas linhas de crédito rotativo (stand by), no valor de US$ 750 milhões e R$ 500 milhões, ambas com vencimento em 2019.

O custo médio da dívida era de 6,30% em dólares e 9,48% em reais.

Poliolefinas

De acordo com a Braskem, as vendas de poliolefinas no mercado interno, categoria composta por polipropileno (PP) e polietilenos (PE), cresceram 9% no primeiro trimestre ante mesmo período do ano anterior, e atingiram 800 mil toneladas.

A variação acompanha o aumento de 9% da demanda doméstica no mesmo período.

O consumo local atingiu 1,124 milhão de toneladas. Com isso, a participação de mercado da Braskem ficou em 71%.

Na comparação entre os números do primeiro trimestre de 2015 e do quarto trimestre do ano passado, o resultado da petroquímica brasileira foi mais expressivo. A demanda doméstica cresceu 14%, enquanto as vendas da Braskem tiveram alta de 17%.

No trimestre, a participação de mercado, nesse caso, apresentou alta de dois pontos porcentuais em relação ao final de 2014.

No mercado externo, por sua vez, as exportações da Braskem cresceram 11% na comparação entre primeiros trimestres e atingiram 256 mil toneladas.

Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, houve retração de 7%.

A petroquímica atribui a redução das exportações ao maior foco dado ao abastecimento do mercado regional e ao menor volume de produção de PP.

A produção de poliolefinas da Braskem atingiu 1,001 milhão de toneladas entre janeiro e março, uma expansão de 2% sobre o primeiro trimestre de 2014, mas queda de 1% em relação ao quarto trimestre do ano passado.

A taxa de utilização da Braskem na área de polietilenos ficou em 88%, acima dos 79% verificados em ambas as bases comparativas.

No segmento de PP, a produção atingiu 72%, contra 81% do início do ano passado e 82% do quarto trimestre do ano passado.

A taxa de utilização de eteno, que considera as centrais petroquímicas da companhia, terminou o trimestre com 89%, contra 85% do primeiro trimestre do ano passado e 86% do quarto trimestre de 2014.

Vinílicos

Já as vendas de PVC atingiram 154 mil toneladas no primeiro trimestre, queda de 6% em relação ao primeiro trimestre de 2014. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado houve queda de 8%.

Nesse mesmo período, o mercado brasileiro demandou 298 mil toneladas da resina, uma queda de 4% sobre o primeiro trimestre do ano passado e de 5% sobre o quarto trimestre de 2014.

O market share da Braskem no mercado doméstico ficou em 52% entre janeiro e março, abaixo dos 53% do final do ano passado.

A taxa de utilização nos complexos produtores de PVC ficou em 76% no trimestre, contra 83% do início de 2014 e 85% do quarto trimestre de 2014.

A menor taxa de utilização registrada pela Braskem nos mercados de PP e PVC reflete a menor atratividade de produção nesses segmentos.

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