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Braskem tem interesse, mas não tomou decisão sobre petroquímica em PE

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou que a estatal negociava com a Braskem a venda de 60% da Petroquímica Suape

Já o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, afirmou que o projeto não é uma prioridade para a companhia e que não há nada definido sobre a entrada da estatal (Germano Lüders/EXAME.com)

Já o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, afirmou que o projeto não é uma prioridade para a companhia e que não há nada definido sobre a entrada da estatal (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 10h52.

São Paulo - Apesar de garantir que "faz sentido" ter uma participação no capital da Petroquímica Suape, o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, afirmou que o projeto não é uma prioridade para a companhia e que não há nada definido sobre a entrada da empresa no capital do empreendimento que está sendo construído em Pernambuco pela Petrobras.

Atualmente, a maior petroquímica das Américas está investindo em uma nova unidade de PVC em Alagoas e uma de butadieno no Rio Grande do Sul, além de uma unidade no México.

"A idéia é discutir (uma participação na petroquímica) no ano que vem... a medida que a Petrobras for concluindo o projeto", disse Fadigas a jornalistas nesta segunda-feira durante evento da indústria química, em São Paulo.

Na última quinta-feira, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou em entrevista à Reuters que a estatal negociava com a Braskem a venda de 60 por cento da Petroquímica Suape. A expectativa, segundo o executivo, é que as conversas avancem no primeiro trimestre de 2012, quando as três unidades industriais da petroquímica iniciarão suas atividades.

Atualmente a Petrobras está sozinha no projeto, por conta da saída do Grupo Vicunha, que detinha 60 por cento do capital, em 2008. Contudo, o objetivo da estatal é permanecer apenas como minoritária, com 40 por cento do negócio.

"A Petrobras está focada em construir a unidade, e a Braskem está trabalhando em suas prioridades", afirmou Fadigas.

Questionado a respeito de uma eventual participação de 60 por cento no capital da petroquímica, Fadigas afirmou apenas que "60 por cento é o que a Vicunha tinha" e que não soube dizer qual seria o percentual ideal para a Braskem neste projeto.

A Braskem já é parceira da Petrobras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a estatal possui 47 por cento do capital votante da Braskem e 35,9 por cento do capital total, por meio de participações diretas e indiretas.

A Odebrecht possui a maior participação acionária, com 50,1 por cento do capital votante e 38,1 por cento do capital total.

No total, a Petroquímica Suape reúne três unidades industriais integradas: uma para produção de 700 mil toneladas por ano de ácido tereftálico (PTA), outra para produzir 420 mil toneladas anuais de polímeros e filamentos de poliéster, e uma terceira, que fabricará 450 mil toneladas por ano de resinas para embalagem PET, todas com início da produção comercial previsto para o primeiro trimestre de 2012.

O Complexo Petroquímico de Suape faz parte da carteira de projetos estratégicos da Petrobras e está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

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