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Braskem rebate alegação de prejuízo de R$ 6 bi da Petrobras

O presidente da empresa rebateu a alegação de que o contrato de nafta com a Petrobras deu prejuízo de R$ 6 bilhões à petroleira


	Fábrica da Braskem: "não vejo nenhuma forma de sustentar qualquer número parecido com 6 bilhões de reais", diz a empresa
 (Miriam Fichtner/Braskem)

Fábrica da Braskem: "não vejo nenhuma forma de sustentar qualquer número parecido com 6 bilhões de reais", diz a empresa (Miriam Fichtner/Braskem)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 16h32.

São Paulo - O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, rebateu a alegação de que o contrato de nafta com a Petrobras de 2009 e 2014 deu prejuízo de 6 bilhões de reais à petroleira.

"Não vejo nenhuma forma de sustentar qualquer número parecido com 6 bilhões de reais. Não existe nenhuma ação contra a Braskem nesse sentido nesse exato momento", disse Fadigas nesta sexta-feira em teleconferência com analistas.

O executivo se referiu à alegação do Ministério Público Federal, em julho, em meio a denúncias contra executivos da Odebrecht, controladora da Braskem, e da Andrade Gutierrez no âmbito da Operação Lava Jato. A suspeita é que a estatal vendeu nafta à Braskem por valor abaixo do de mercado. Isso provocou intensa oscilação nos papéis da petroquímica.

"No que diz respeito à Braskem, isso ainda está no contexto de ações criminais contra terceiros", disse Fadigas.

Segundo a Braskem, o suposto prejuízo resultou da decisão da Petrobras de usar nafta contratada pela indústria petroquímica para aumentar a produção de gasolina e atender ao aumento do consumo do combustível no Brasil. Para respeitar os contratos, depois teve que comprar nafta importada mais cara.

A Braskem está discutindo com a estatal a renovação do acordo, que está em seu terceiro aditivo de seis meses. O aditivo atual vigora até o fim de agosto.

ESTRATÉGIA

Apesar do desaquecimento da demanda por resinas no mercado interno por conta da desaceleração da economia, a Braskem disse não ter planos de reduzir a capacidade, exportando o restante no terceiro trimestre.

De abril a junho, a demanda interna por resinas da Braskem foi de 1,2 milhão de toneladas, queda de 8 por cento ante mesmo período de 2014.

Cerca de 55 por cento do faturamento da Braskem tem origem na produção e venda no Brasil, 25 por cento é produzido aqui e exportado e 20 por cento é produzido e vendido no exterior.

A companhia teve forte geração de caixa no segundo trimestre, com lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 2,61 bilhões de reais, mais que o dobro do 1,13 bilhão no mesmo período de 2014.

Com isso, a intenção é manter a política atual de dividendos e seguir desalavancando a empresa, disse Fadigas.

Sobre o programa de redução de gastos fixos, a petroquímica espera pouca contribuição no segundo semestre, captura parcial de ganhos em 2016 e cheia em 2017. A meta é obter economia anual de 300 milhões a 400 milhões de reais em base constante.

Às 15h48 (horário de Brasília), a ação da Braskem caía 3,5 por cento, enquanto o Ibovespa cedia 2,76 por cento.

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