Negócios

Braskem e Pequiven revisam projetos na Venezuela

São Paulo - A Braskem anunciou nesta quarta-feira que decidiu alterar com a Pequiven - braço petroquímico da venezuelana PDVSA- a modelagem dos seus projetos na Venezuela. Segundo a Braskem, as principais mudanças deverão ocorrer no projeto da unidade industrial de polipropileno sob responsabilidade da Propilsur, "que teria sua localização e dimensão alteradas, permitindo manter […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - A Braskem anunciou nesta quarta-feira que decidiu alterar com a Pequiven - braço petroquímico da venezuelana PDVSA- a modelagem dos seus projetos na Venezuela.

Segundo a Braskem, as principais mudanças deverão ocorrer no projeto da unidade industrial de polipropileno sob responsabilidade da Propilsur, "que teria sua localização e dimensão alteradas, permitindo manter o cronograma de sua implementação e reduzir em aproximadamente 60 por cento o investimento necessário".

O projeto original previa a instalação de uma unidade de produção da matéria-prima propeno, integrada a uma planta de polipropileno com capacidade para produzir 450 mil toneladas por ano, que seria construída no Complexo Industrial de Jose.

"Levando em consideração a retração do mercado internacional de crédito, ocorrida desde o início da crise de 2008, e os altos custos do projeto original, estimados em cerca de 1 bilhão de dólares, em dezembro de 2009 a PDVSA apresentou uma alternativa de fornecimento de matéria-prima, a partir do Complexo de Refinação de Paraguaná", conforme a Braskem.

"Diante da proposta, Pequiven e Braskem aceitaram avaliar a mudança de local da planta de polipropileno", acrescentou a petroquímica brasileira em comunicado.

O fornecimento da matéria-prima, segundo a Braskem, deverá ser suficiente para a construção de uma planta com capacidade para 300 mil toneladas por ano de polipropileno, fazendo com que o investimento seja reduzido.

"Os estudos para a nova configuração do projeto Propilsur começarão em 15 dias e o início da operação deverá ser mantido para 2013, caso se confirmem as condições propostas por Pequiven, PDVSA e pelo governo venezuelano."

Além disso, Pequiven e Braskem concordaram em adiar por 1 ano a continuidade do projeto Polimerica, que previa três unidades de produção de polietileno com capacidade aproximada de 1,1 milhão de toneladas por ano, integradas a uma unidade de produção de eteno de 1,3 milhão de toneladas por ano mediante investimento de cerca de 3 bilhões de dólares.

Para a Braskem, o adiamento permitirá avaliar as condições e possibilidades de suprimento da matéria-prima ao projeto pelo Complexo Paraguaná. "Caso prevaleça esta decisão, as operações destas unidades poderiam ter início em 2015."

Os ajustes nos projetos serão tema de memorando a ser assinado nesta quarta-feira, em Brasília, durante encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Venezuela, Hugo Chávez.

Será assinado também um aditivo ao contrato de fornecimento de nafta pela PDVSA à Braskem, aumentando seu prazo por mais dois anos e o volume de 500 mil para 750 mil barris mensais.

As ações da Braskem operavam em queda de 0,16 por cento às 16h36, a 12,38 reais. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,36 por cento.
 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasBraskemQuímica e petroquímicaEmpresas brasileirasAmérica LatinaVenezuela

Mais de Negócios

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife

Duralex: a marca dos pratos "inquebráveis" quebrou? Sim, mas não no Brasil; entenda

Quais são os 10 parques de diversão mais visitados da América Latina — 2 deles são brasileiros