São Paulo - A Braskem confirmou em nota distribuída nesta quarta-feira, 25, que as negociações com a Petrobras para a assinatura de um novo aditivo ao contrato de fornecimento de nafta apresentaram evolução durante reuniões realizadas ontem.

Na noite de ontem, o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, já havia noticiado que, durante reunião em Brasília, a assinatura de um novo acordo estava mais próxima.

"Foi positiva a reunião realizada ontem no Ministério de Minas e Energia. A Braskem e a Petrobras avançaram nas negociações para a assinatura de um novo aditivo ao contrato de fornecimento de nafta petroquímica", destacou a Braskem em nota.

O atual aditivo, válido por seis meses, vence no próximo sábado. Por isso, destacou a Braskem, a petroquímica e a Petrobras "empregarão os melhores esforços para superar os pontos pendentes e chegar à conclusão do acordo até o fim desta semana".

A companhia não informou se o novo aditivo terá as mesmas condições vigentes no atual acordo, porém, o andamento das negociações ocorridas ontem indica que o aditivo pode ser uma repetição do documento assinado em agosto do ano passado.

O secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Fábio Branco, um dos presentes no encontro, havia informado ontem à reportagem do Broadcast que a reunião fora "proveitosa".

Branco contou que o ministro Eduardo Braga, de Minas e Energia, entende que o momento delicado vivido pela Petrobras - com os desdobramentos da operação Lava Jato e a recente troca de diretoria - dificulta a negociação de um contrato mais duradouro, que substitua os aditivos.

Para garantir que em até seis meses seja alcançada uma proposta de longo prazo para o fornecimento de nafta, Braga determinou a criação de um grupo de trabalho, que terá a participação de representantes do governo, da Petrobras e da Braskem.

Diante da proximidade do fim do prazo do acordo, as negociações entre Braskem e Petrobras ganharam novos contornos e chegaram a Brasília.

O último acordo de longo prazo entre as partes teve validade de 2009 a 2014, mas previa uma extensão de dez anos (cinco anos prorrogáveis por mais cinco).

Desde fevereiro de 2014, diante da inexistência de um novo acordo plurianual, as duas empresas já formalizaram dois aditivos com prazo de seis meses.

O mais recente deles prevê que as condições estabelecidas serão retroativas ao final de agosto.

A manutenção dessa cláusula parece ser, neste momento, a principal incerteza em relação ao novo aditivo negociado entre Braskem e Petrobras.

A negociação acerca de um contrato de longo prazo se tornou inviável diante do momento turbulento enfrentado pela Petrobras e da mudança de toda a diretoria da estatal.