Apagão no Nordeste: Braskem contabiliza perdas com blecaute (Reprodução/Twitter)
Daniela Barbosa
Publicado em 17 de março de 2011 às 17h45.
São Paulo – O apagão no Nordeste, no começo de fevereiro deste ano, trouxe consequências aos negócios da Braskem. Segundo Carlos Fadigas, presidente da petroquímica, as operações em três plantas, duas na Bahia e uma em Alagoas, ficaram paralisadas por 13 dias após o incidente e com isso deixaram de produzir até 100.000 toneladas de eteno, principal matéria-prima produzida pela Braskem. A produção de PVC também foi afetada.
O executivo afirma que as perdas ainda estão sendo calculadas pela companhia e devem constar no balanço da Braskem do primeiro trimestre deste ano. “Estamos contabilizando os prejuízos com as seguradoras. Queremos saber também quem vai arcar com essas perdas”disse Fadigas à imprensa, nesta quinta-feira (17/3).
A paralisação de praticamente meio mês nas operações no Nordeste deve-se principalmente aos reparos e trocas de equipamentos que a companhia precisou realizar no período. De acordo com Fadigas, o prejuízo só não foi maior porque a Braskem utilizou suas instalações em São Paulo e no Rio de Janeiro para atender a demanda dos seus clientes.
O apagão na região Nordeste ocorreu dia quatro do mês passado e atingiu oito estados nordestinos. Segundo órgãos responsáveis pelo setor de energia, houve falha em um equipamento da subestação Luiz Gonzaga, em Pernambuco.