Produção: aumento de consumo interno ajudou receita da BRF chegar a R$ 5,8 bilhões no 1º tri (.)
Tatiana Vaz
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - A Brasil Foods, gigante de alimentos criada a partir da fusão da Sadia e Perdigão, divulgou hoje (12/05), os resultados financeiros dos três primeiros meses deste ano com números positivos. A companhia fechou o período com receita bruta de 5,8 bilhões de reais e recuperação no desempenho operacional, quesito que preocupava os analistas de mercado do setor de alimentos.
O ebtida (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) chegou a 447,3 milhões de reais, valor 148% superior em relação à base proforma de 2009. Já o lucro líquido ficou em 53 milhões de reais, ante um resultado negativo de 465,2 milhões de reais em comparação com o mesmo período de 2009. Como a fusão aconteceu em maio de 2009, para fins comparativos, os resultados foram produzidos como se a incorporação de ações tivesse ocorrido em 1º de janeiro de 2009.
No relatório, a companhia atribui a melhora de seu desempenho financeiro à redução de custos e despesas, além da boa performance do mercado interno e da retomada gradual das exportações. Também neste primeiro trimestre, a companhia concluiu o planejamento de integração e de identificação de sinergias entre Perdigão e Sadia, para implementação após a decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Consumo
As vendas internas somaram 3,7 bilhões de reais, com destaque para processados de carne, que pontuaram crescimento de 4,8% em volumes. Na atividade de lácteos, as receitas cresceram 6,3% e o aumento de volumes chegou a 2,7%, apesar da elevação dos custos médios de captação de leite, que pressionaram parcialmente as margens. Outros produtos processados, como massas, pizzas e margarinas, atingiram receitas 14,9% maiores e elevação de volumes em 10,6%.
Já no cenário internacional, as vendas externas somaram 2 bilhões de reais, representando um recuo de 7,8% em receitas e de 1,1% em volumes diante do mesmo período do ano anterior em base proforma. Na atividade de carnes, os preços médios em reais experimentaram queda de 6,5%, enquanto no segmento de lácteos houve aumento de 12% nos preços médios em reais.