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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 19h20.
A Alcoa, segunda maior fabricante de alumínio do mundo, nomeou hoje Klaus Kleinfeld como seu novo chefe de operações e informou que ele será preparado para, no futuro, suceder o brasileiro Alain Belda como presidente mundial da companhia. No comando de uma empresa que fatura 30 bilhões de dólares e emprega 123 000 mil funcionários, Belda, 64, é um dos principais executivos brasileiros em todo o mundo. Filho de pai espanhol e mãe portuguesa, ele nasceu no Marrocos, mas veio para o Brasil aos três anos e se naturalizou. Entrou na Alcoa em 1969 como trainee e desde 1999 é seu principal executivo no mundo. Em breve, deverá se aposentar.
A fabricante de alumínio informou que Kleinfeld, ex-CEO da Siemens, deverá assumir as operações e negócios da Alcoa em 1º de outubro. A data da saída de Belda não foi definida - apenas foi informado que haverá um processo ordenado de transição.
O brasileiro vive um momento complicado na companhia após o fracasso da fusão com a canadense Alcan. O negócio, que criaria a maior empresa do mundo no setor de alumínio, naufragou após a australiana Rio Tinto apresentar uma proposta de 38 bilhões de dólares pela Alcan. A oferta, quase 11 bilhões de dólares superior à da Alcoa, foi considerada imbatível. No mercado, a Alcoa deixou de ser vista como caçadora e passou a ser alvo de caça. As apostas são de que a BHP Billiton, a maior mineradora do mundo, poderia apresentar uma oferta de compra. Outra eventual interessado seria a brasileira Vale do Rio Doce.
Sucessor
Kleinfeld fez na alemã Siemens um trabalho considerado competente no mercado. Em abril, menos de três anos após tornar-se CEO, no entanto, ele deixou a empresa devido a um escândalo de propina - funcionários da Siemens teriam usado dinheiro da companhia para convencer clientes a comprar seus produtos. As investigações realizadas posteriormente não acharam sinais de que Kleinfeld tivesse participação pessoal no escândalo.
O executivo já estava no conselho da Alcoa desde 2003 e também participa das decisões de conselhos de empresas como a alemã Bayer e o banco americano Citigroup.