Negócios

Brasil vai retomar venda de carne para os EUA

As exportações estão suspensas desde o fim de maio, depois que foi detectada a presença anormal de um vermífugo na criação de bovinos

Linha de rodução de carne bovina: missão técnica estará em Washington, para retomar vendas para os EUA (.)

Linha de rodução de carne bovina: missão técnica estará em Washington, para retomar vendas para os EUA (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - O governo brasileiro espera retomar parcialmente as exportações de carne bovina para os Estados Unidos a partir da semana que vem. Uma missão técnica estará amanhã em Washington para discutir o assunto com as autoridades americanas. As exportações estão suspensas desde o fim de maio, depois que foi detectada a presença acima do permitido de Ivermectina, um vermífugo utilizado na criação de bovinos.

Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produto de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira da Costa, a expectativa é que entre quatro e seis plantas de abates de animais sejam autorizadas a retomar os embarques. O governo brasileiro não precisou o quanto isso vai representar do total das exportações. Antes da suspensão dos embarques, 10 plantas estavam autorizadas a vender para os EUA diretamente e 11 tinham autorização para fornecer matéria-prima.

O Ministério da Agricultura ainda não divulgou quais empresas terão unidades autorizadas a exportar. Apenas quatro frigoríficos vendem produtos para os EUA: JBS, Marfrig, Minerva e Ferreira. Só foram detectadas infrações no uso da Ivermectina em unidades do JBS, principalmente na planta de Lins (SP). Marfrig e Minerva vinham solicitando ao governo a retomada das exportações, porque não concordavam em ser punidas por supostos erros do concorrente.

O governo, no entanto, culpa os pecuaristas pelo incidente e não compartilha da avaliação de que existe um problema no processo produtivo do JBS. Para os técnicos do governo, os animais foram enviados para o abate antes do prazo após a administração do remédio e poderiam ter sido vendidos a qualquer frigorífico. Segundo o diretor do Dipoa, não existe "má-fé" dos pecuaristas, mas uma "confusão" sobre os prazos do remédio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia mais notícias sobre a agropecuária
 

Acompanhe tudo sobre:ComércioPaíses ricosAmérica LatinaEstados Unidos (EUA)Dados de BrasilComércio exteriorAgronegócioAgropecuária

Mais de Negócios

‘Após 20 anos do lançamento do Black, vamos trazer um cartão acima dele', diz CEO da Mastercard

Inércia ou inovação: qual o caminho escolhido pelo empresário brasileiro?

Esta empresa bilionária cresceu 80x em 5 anos (e o segredo está no uso de IA)

Escola de SP cria projeto para fortalecer vínculos familiares: ‘Cuidar dos pais é cuidar dos filhos’