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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
Apesar dos fortes laços culturais, as relações comerciais entre Brasil e Itália vêm se deteriorando nos últimos anos. Os italianos, que já estiveram entre os seis maiores parceiros do Brasil, hoje aparecem em 10º lugar. Na visão do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, esse cenário não é negativo, mas de oportunidade. "Estamos criando um fundo bilateral para financiar pequenas e médias empresas brasileiras em parceria com companhias italianas", disse o ministro.
As exportações brasileiras para a Itália vêm crescendo, mas em ritmo mais lento do que para a Europa como um todo. Enquanto a participação do Brasil no comércio internacional cresce a 20% por ano, as relações comerciais com a Itália cresceram pela metade: 10%. O assunto foi discutido nessa quarta-feira (29/3), durante o Fórum Brasil-Itália, promovido pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e pela Confederação das Indústrias Italianas (Cofindustria).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez o discurso de encerramento do evento, disse que o Brasil "está de portas abertas para o empresariado italiano", que devem ser tratados "como brasileiros". Lula disse que, em breve, os empresários italianos que investirem no Brasil ganharão visto permanente no país. Na verdade, o benefício será concedido apenas àqueles que investirem, no mínimo, 50 000 reais.
O presidente disse, ainda, que o "o Brasil vive um momento auspicioso". "Em poucos momentos da história tivemos uma posição tão sólida como hoje. Agora é a hora de os italianos aportarem de novo no Brasil".